Municípios do Centro pouco eficientes na gestão de recursos

Em tempo de 'vacas magras', de 'aperto do cinto' até ao último furo, ainda há quem pareça indiferente à conjuntura económica e não pense em 'poupar hoje para ter amanhã'. Os municípios da região Centro parecem ser disso exemplo.
O primeiro trabalho de investigação que se conhece no País sobre a eficiência dos municípios portugueses (em território continental), revela que as autarquias da zona Centro poderiam obter o mesmo nível de serviços públicos com muito menos recursos municipais.
O estudo, recentemente publicado por dois economistas do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa - Sónia Fernandes e António Afonso -, foi desenvolvido com o objectivo de "medir a eficiência no caso municipal", analisando os recursos e os serviços prestados pelas autarquias ao munícipe(...)

Em termos nacionais, a média calculada foi de 0,571, "significando um desperdício de recursos de 43 por cento", nota Sónia Fernandes.
No 'ranking' da eficiência orientada para os recursos usados (a despesa municipal per capita) pelos 78 municípios compreendidos na região Centro, Leiria aparece em 3º lugar, seguida do concelho de Porto de Mós, que no 'ranking' surge em 10º.
Atrás de Porto de Mós está Batalha, na 12ª posição, Pombal, no 18º, Marinha Grande, no 27º, e Ansião, no 35º. Mais longe aparece o município de Alvaiázere, que na lista dos 78 aparece em 53º lugar, Pedrógão Grande, em 64º lugar, Figueiró dos Vinhos, em 66º lugar, e por fim Castanheira de Pera, na 75ª posição.
Analisando a região de Lisboa e Vale do Tejo (onde se inserem os restantes municípios do distrito de Leiria) com base no indicador 'despesa municipal' para avaliar o nível de eficiência, em primeiro lugar surge, 'ex aequo' com outros municípios como Sintra, o município de Caldas da Rainha.
Segue-se Alcobaça, que no 'ranking' dos 51 municípios da LVT aparece na 8ª posição, Bombarral, na 13ª, Ourém, na 16ª posição, Nazaré, na 19ª, Peniche, na 22ª, e Óbidos, na 46ª posição.
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