Acipreste, Leiria, 18 Abr (Lusa) - O ministro da Agricultura, Jaime Silva, revelou hoje que vai apresentar na próxima semana um pacote de apoios a fundo perdido ao investimento no sector, privilegiando a escala dos projectos.
De visita hoje à empresa Frubaça, que produz sumos naturais e vários derivados da maçã, Jaime Silva explicou que o primeiro concurso deverá ser apresentado na próxima semana e inclui "subsídios a fundo perdido de 60 milhões" que serão distribuídos de acordo com os projectos de investimentos.
"Os critérios de avaliação do mérito dos projectos têm muito a ver com as nossas denominações de origem", o seu "valor acrescentado com impacto no emprego e na região", com incentivos à associação dos produtores e ao desenvolvimento de uma "lógica de fileira" empresarial.
O objectivo é apoiar "toda a cadeia desde o produtor que tem o seu pomar até à fábrica", passando mesmo por incentivos à comercialização e produção.
Neste momento, as grandes cadeias de distribuição fazem uma grande pressão sobre os produtores pelo que a solução deve passar por um aumento de escala dos projectos agro-industriais.
Em Alcobaça, o ministro visitou uma fábrica que se dedica à produção de sumos absolutamente naturais, com uma quota de mercado crescente, como o provam as seis mil toneladas de maçã consumidas por ano.
"É com satisfação que vejo empresas portuguesas que apostam na inovação", sem "a esterilização clássica com aditivos" mas sim "por pressão, sem corantes artificiais".
Os sumos de maçã constituem um "produto genuíno com as melhores condições de segurança alimentar para quem os consumir".
Agora, a Frubaça está a apostar na produção de sumo a partir da pêra rocha e de compotas de maçã absolutamente naturais, produtos que deverão entrar em breve no mercado, uma estratégia que foi elogiada por Jaime Silva.
As crianças "habituaram-se a produtos com açúcar" e a aposta deve ser numa alimentação saudável que substitua "esse artificialismo que só dá calorias aos nossos filhos".
No entanto, o optimismo do ministro não é partilhado pela Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA), que alerta para os "vários estrangulamentos" do sector.
O presidente da APMA, Jorge Soares, salientou que existe um "desequilíbrio de preços" devido à pressão das grandes cadeias de distribuição sobre os produtores, um problema que aumenta com a falta de cooperação de alguns organismos da tutela.
"Por vezes, os organismos do Ministério da Agricultura não vêem esta actividade como parceiros e têm uma atitude fiscalizadora" que prejudica o sector agro-industrial.
Por outro lado, este dirigente, que representa 13 organizações de produtores associadas, defendeu uma "majoração" aos agricultores que se unam.
Essa "majoração vinha incentivar os produtores a trabalhar de forma conjunta", acrescentou Jorge Soares.
In RTP
________________________________________
Esperamos que desta vez as oportunidades sejam para aproveitar e não para usar em benefício pessoal. Não se queixem depois mais tarde...
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário