Com o evoluir dos tempos e o aumento da necessidade de mobilidade das populações as cidades foram-se adaptando aos veículos e ao seu escoamento. Muito do seu espaço foi ocupado pelas viaturas e as preocupações das autoridades começaram a centrar-se nas mesmas. No fundo, uma adaptação da vida social dos habitantes que surgiu por necessidade e pela melhoria da qualidade de vida.
Foi um fenómeno crescente, que muito rapidamente alterou a fisionomia das áreas urbanas mas também que muito rapidamente se tornou num transtorno para todos com o congestionamento das artérias e a imensa falta de lugares de estacionamento. Era o retrocesso na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos resultante dos excessos que a comunidade tolerou.
O passado recente alertou para a necessidade de inversão da situação com a devolução das cidades e dos espaços às pessoas. Todas as cidades modernas começam a ter em mente este facto e torna-se num hábito comum a criação de áreas dedicadas inteiramente às pessoas e ao seu bem estar natural. Este facto verifica-se na maioria das cidades Europeias em que as suas principais praças são de uso exclusivo dos cidadãos. O ser-humano precisa do seu espaço e da sua liberdade para se manter saudável.
É claro que tudo isto tem um preço, um pouco caro mas que é sem dúvida insignificante face às melhorias que traz para toda a sociedade e para o futuro da humanidade.
É isto que se passa em Alcobaça e não nos podemos atrasar. Claro que também saímos prejudicados por vermos terminado um hábito que fazia parte de nós mas temos de assumir que na generalidade vamos saír bastante beneficiados.
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