quarta-feira, 4 de agosto de 2004

As cidades e as pessoas

Com o evoluir dos tempos e o aumento da necessidade de mobilidade das populações as cidades foram-se adaptando aos veículos e ao seu escoamento. Muito do seu espaço foi ocupado pelas viaturas e as preocupações das autoridades começaram a centrar-se nas mesmas. No fundo, uma adaptação da vida social dos habitantes que surgiu por necessidade e pela melhoria da qualidade de vida.
Foi um fenómeno crescente, que muito rapidamente alterou a fisionomia das áreas urbanas mas também que muito rapidamente se tornou num transtorno para todos com o congestionamento das artérias e a imensa falta de lugares de estacionamento. Era o retrocesso na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos resultante dos excessos que a comunidade tolerou.
O passado recente alertou para a necessidade de inversão da situação com a devolução das cidades e dos espaços às pessoas. Todas as cidades modernas começam a ter em mente este facto e torna-se num hábito comum a criação de áreas dedicadas inteiramente às pessoas e ao seu bem estar natural. Este facto verifica-se na maioria das cidades Europeias em que as suas principais praças são de uso exclusivo dos cidadãos. O ser-humano precisa do seu espaço e da sua liberdade para se manter saudável.
É claro que tudo isto tem um preço, um pouco caro mas que é sem dúvida insignificante face às melhorias que traz para toda a sociedade e para o futuro da humanidade.
É isto que se passa em Alcobaça e não nos podemos atrasar. Claro que também saímos prejudicados por vermos terminado um hábito que fazia parte de nós mas temos de assumir que na generalidade vamos saír bastante beneficiados.

Sem comentários: