segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Sobre os temas do próximo Luzes da Ribalta

Será que ainda há vinho e fruta de Alcobaça? Em que pé estão as nossas marcas de referência?
Vinho não há, fruta sim.
Há já largos anos que o mercado vinícola deixou de ser local, aumentando assim a sua abrangência. Todos sabemos que muitas cooperativas conceituadas adquirem vinho numa grande diversidade de locais, dependendo da produção e do mercado do momento. Alcobaça vende vinho para fora e devido a isso perdeu a sua marca. Já não há produção local de marca e é difícil identificar o nosso produto.
Estamos perante um cenário de globalização de um produto resultante da má orientação dos produtores e das cooperativas em geral. O resultado é claramente negativo, e no nosso caso concreto traduziu-se numa perda de identidade.
No mercado das frutas o cenário é diferente. A fruta de Alcobaça destaca-se, é conhecida e fácil de adquirir. Houve também algum investimento que permitiu criar uma imagem de marca que publicitou e deu fama ao nosso produto. No entanto não podemos ficar de braços cruzados e é necessário continuar a investir para que a marca não perca a posição que ocupa.

Alcobacenses sem filiação clubística pretendem recuperar antigo rinque de patinagem da gafa? Será isso possível?
Possível é, mas com que finalidade? Apenas por uma questão histórica? Será mesmo isto que os Alcobacenses ambicionam?
Alcobaça precisa muito de infra-estruturas desportivas e é obvio que um ringue deste tipo é sempre bem vindo. No entanto, penso que existem outros tipos de equipamento de maior utilidade aos quais deveria ser dada prioridade.
Por outro lado, os jovens actuais não apreciam este tipo de patinagem e preferem outro tipo de estruturas mais adaptadas à realidade actual. Falo por exemplo de um "Skate Park", algo inexistente na cidade e que os jovens utilizariam com bastante frequência.
Uma sugestão: Porque não criar uma área de lazer dentro deste tema englobando o ringue, um "Skate Park" e uma área para manobras de bicicletas?

Amanhã, no Luzes da Ribalta

RÁDIO CISTER, de ALCOBAÇA (FM 95,5).
Temas que em debate na 13ª emissão, amanhã à noite a partir das 22h15:
1. SERÁ QUE AINDA HÁ VINHO E FRUTA DE ALCOBAÇA? EM QUE PÉ ESTÃO AS NOSSAS MARCAS DE REFERÊNCIA?
2. ALCOBACENSES SEM FILIAÇÃO CLUBÍSTICA PRETENDEM RECUPERAR ANTIGO RINQUE DE PATINAGEM DA GAFA? SERÁ ISSO POSSÍVEL?
3. RESCALDO PÓS- ELEITORAL: QUE NOVO GOVERNO E QUE NOVAS OPOSIÇÕES TEMOS JÁ NO HORIZONTE?
Com a participação dos comentadores residentes convidados ANTÓNIO JOSÉ NABAIS, JOÃO MOREIRA, JOSÉ ANTÓNIO CANHA e JOSÉ COSTA E SOUSA.
Comentários e sugestões sobre o programa: ldrcister@hotmail.com

domingo, 27 de fevereiro de 2005

Opiniões destas...

Na última edição do semanário "Região de Cister" foi publicado um artigo de opinião da Srª Maria de São José, membro da Assembleia Municipal pelo PS. Diz esta Srª que a maneira como estão a ser conduzidas as obras no centro histórico estão a levar à desertificação da zona. Refere ainda que após o encerramento dos bancos ao público o vazio se torna ainda maior. Mas terão de ser os bancos os responsáveis pela atracção de clientes aos estabelecimentos comerciais? Sabe esta Srª como efectuar as obras sem causar transtorno a ninguém?
Já aqui falei muito sobre este tema e não me quero voltar a repetir, mas o comercio não pode ficar eternamente a apontar o dedo às obras. Tenho passado muito pelo Rossio aos Sábados e posso dizer que tenho visto um grande número de pessoas a vaguear por ali. Um número mesmo superior ao que se via antes das obras e nos últimos anos.
Esta Srª foca-se bastante nos prejuízos assumidos pelos pequenos comerciantes durante esta fase, mas esqueceu-se de mencionar que esses pequenos comerciantes já falam em cenários de crise há vários anos e que nada têm feito para inverter essa situação.
É certo que as obras são incómodas para a população em geral, mas chega de lamentações. Gostaria de ver as pessoas mais empenhadas na definição de objectivos e estratégias para o futuro e a trabalharem nesse sentido.

Balbino & Faustino faz 25 anos

A empresa Balbino & Faustino, de Alcobaça, iniciou no dia 25 as comemorações do seu 25º aniversário, lançando oficialmente a sua página web.
Fundada em 1980, a empresa cresceu assustadoramente, passando num curto espaço de tempo a líder de mercado na área das folhas de madeira. Em 1987 produziu pela primeira vez em Portugal orlas de folha de madeira em rolos contínuos.
Segundo os responsáveis da empresa a aposta tem passado pela inovação e os resultados estão aí. A empresa conta já com 160 colaboradores e o ano passado atingiu um volume de vendas de 28.4 milhões de euros.
Um grande exemplo Alcobacense para muitos empresários do nosso país.

TGV

Todos contra o traçado do TGV no concelho de Alcobaça
Temos alguma razão, embora a decisão seja difícil de alterar. O traçado a Este da Serra dos Candeeiros é bastante mais dispendioso e com a actual situação financeira do país não vai ser fácil convencer os governantes.
Vamos aguardar...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Samuel Jerónimo

Relembrado por José Alberto Vasco, juntei à lista de links o blogue do artista Alcobacense Samuel Jerónimo.
Um artista invulgar que tem dado que falar um pouco por todo o país.
Parabéns Samuel.

Já agora aqui fica o programa:

Instalação Audiovisual "Redra"
Instalação Audiovisual "Redra": "O papel do erro na descoberta/mudança".Irá estrear já no próximo dia 25 de Fevereiro no Museu Nogueira da Silva em Braga, a Instalação Audiovisual "Redra", criação conjunta do artista Carlos Sousa na componente vídeo e do músico valadense Samuel Jerónimo na componente musical.

::Datas::

- 25 de Fevereiro no Museu Nogueira da Silva (Braga)
- 07 de Abril na Escola Adães Bermudes (Alcobaça)
- 10 de Abril no Festival Gouveia Art Rock 2005 (Gouveia)
- 13 de Maio na Feira da Fanzine (Almada)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Daniel já mexe

Eleições autárquicas já mexem em Alcobaça
A cerca de nove meses das eleições autárquicas, o PS de Alcobaça já está em pré-campanha eleitoral. Os socialistas já têm instalados quatro "outdoors" com o rosto do candidato, Daniel Adrião.
In Diário de Leiria

Não há nada como apanhar o auge da onde Rosa que varre o país...

The Gift

em primeiro lugar do top de rádio nacional

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Sobre os temas do próximo Luzes da Ribalta

O tempo não é muito, mas aqui fica uma pequena opinião.

Merchandising: Porque estará Alcobaça tão alheada das comemorações dos 650 anos da morte de Dª Inês de Castro?
É de facto uma pena que não se sinta em Alcobaça uma maior movimentação em torno das comemorações da morte de D. Inês de Castro. No entanto, não me parece que seja um problema exclusivo da nossa cidade, dado o reduzido número de eventos que se têm também organizado nas restantes cidades intervenientes.
Perde-se assim uma boa oportunidade para a divulgação e auto-afirmação de Alcobaça embora, e sejamos razoáveis, um evento desta natureza não é propriamente algo que se deseje comemorar. Não considero elegante comemorar a morte de alguém...

Requalificação urbana de Alcobaça- será ainda justo discuti-la?
A requalificação já arrancou e encontra-se já numa fase bastante avançada. Este tipo de projectos deve ser discutido antes da sua implementação, de modo a serem feitos alguns ajustes em caso de necessidade. Não é agora que se irá voltar atrás ou fazer qualquer tipo de modificações, dados os custos que isso poderá acarretar.
Deverá ser discutido isso sim o futuro de Alcobaça após a obras e que partido tirar desta requalificação.

Catarina Lira Pereira e Tierri Ferreira premiados na Amadora

Catarina Lira Pereira e Tierri Ferreira foram os vencedores do I Concurso de Pintura e Escultura promovido pela Câmara Municipal da Amadora. Estes dois jovens artistas do concelho de Alcobaça receberam o prémio no dia 5 de Fevereiro, na Galeria Artur Bual, na Amadora.
[Ler mais, no Tinta Fresca]

Amanhã, no Luzes da Ribalta

RÁDIO CISTER, de ALCOBAÇA (FM 95,5).
Temas que em debate na 12ª emissão, amanhã à noite a partir das 22h15:
1. ELEIÇÕES LEGISLATIVAS- QUE PAÍS PODEREMOS ESPERAR A PARTIR DESTES RESULTADOS?
2. MERCHANDISING: PORQUE ESTARÁ ALCOBAÇA TÃO ALHEADA DAS COMEMORAÇÕES DOS 650 ANOS DA MORTE DE Dª INÊS DE CASTRO?
3. REQUALIFICAÇÃO URBANA DE ALCOBAÇA- SERÁ AINDA JUSTO DISCUTI- LA?
Com a participação dos comentadores residentes convidados ANTÓNIO JOSÉ NABAIS, JOÃO MOREIRA, JOSÉ ANTÓNIO CANHA e JOSÉ COSTA E SOUSA.
Comentários e sugestões sobre o programa: ldrcister@hotmail.com

domingo, 20 de fevereiro de 2005

E porque hoje é dia de eleições...

O futuro de Alcobaça também se discute.
Resultados em directo aqui.

Novo Parque de estacionamento

Entra ao serviço no dia 1 de Março um dos silos de estacionamento de Alcobaça. São 129 novos lugares de estacionamento ao dispor dos Alcobacenses no centro histórico da cidade.
Impacto? _ Nenhum, pois se não houver uma fiscalização apertada por parte da P.S.P os carros continuarão mal estacionados em cima dos passeios e em 2ª fila. Desta vez não há desculpas.

CREPMA estrebucha

Ainda com o Projecto de Requalificação Urbana de Alcobaça.
Que pretendem agora? Ver se com um documento pouco claro conseguem embargar as obras por tempo indeterminado até uma qualquer decisão feita pelos tribunais?
É necessário apurar a verdade, mas com muito cuidado, pois as obras agora não podem parar sob prejuízo de todos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Um grande exemplo

que vem da Benedita.
Isto é progresso e é óptimo ver as associações locais tão empenhadas em prol da comunidade. Era bom que o resto do concelho tivesse este espírito...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

Conversa com construtores de instrumentos musicais

Na Benedita
A associação Barafunda, pela voz de Isabel Rufino, considerou, no decorrer do "Encontro marcado" no Espaço Encontros, na Benedita, no passado dia 11, com os construtores de instrumentos musicais Orlando Tavares e Luís Rodrigues, a possibilidade de vir a oferecer "formação profissional" naquela área, tendo lançado o repto aos convidados para "estudarem" o assunto.
Durante a tertúlia, mais participada que a anterior, Orlando Tavares surpreendeu os presentes com uma inesperada lição de Musicologia. O jovem de 32 anos, "autodidacta" que tem "tentado ser um homem do renascimento" e que vai participar em breve, como orador, numa conferência internacional a realizar em Óbidos, lamentou a ausência de apoios à sua arte, congratulando-se pela sorte que o tem acompanhado ao longo de um percurso já vasto que o conduziu ao atelier de Fernando Meireles, em Coimbra, construtor de referência no País. Quem observou os seus trabalhos, expostos no local, acrescentou a palavra "talento".
Luís Rodrigues corroborou que "em Portugal é muito difícil" exercer o "metier" e confessou que tem tido dificuldade em manter uma cadência de trabalho razoável após o término do seu curso profissional. Fez ainda questão de frisar que quem trabalha na área fá-lo "por gosto" e, apesar das dificuldades, considerou "uma inevitabilidade" manter-se ligado à construção de instrumentos tradicionais portugueses no futuro.
No final da sessão, após ambos os convidados terem relatado experiências, o processo pessoal de trabalho e os materiais utilizados, Orlando Tavares presenteou o público com a sonoridade dos seus instrumentos antigos, caso de uma Harpa Medieval, uma Cítola, um Alaúde e uma Viola Renascentista, por ele construídos a partir de fontes iconográficas. A Harpa, por exemplo, "descobriu-a" numa escultura do Pórtico da Glória de Santiago de Compostela; a Cítola, numa outra datada de 1180.
In Repórter Digital

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Espectáculo "Entreacto" Cancelado dias 19 e 26

# AVISO DE CANCELAMENTO DE ESPECTÁCULO #
A S.A.Marionetas lamenta informar que, por motivo de doença do elenco, é forçada a
cancelar o espectáculo Entreacto (reposição) com Sessões marcadas para os dias 12 e 26 DE FEVEREIRO pelas 21.30h.

Pelo facto aqui fica o pedido de desculpas da companhia.
Toda a restante programação da companhia se mantém.

A estreia fica assim marcada para o dia 16 de Abril pelas 21.30 no Auditório da Escola Adães Bermudes em Alcobaça.

S.A.Marionetas - Teatro e Bonecos
MAIS INFORMAÇÕES EM www.samarionetas.com

Jovem Agricultor

do concelho de Alcobaça com resultado do subsídio que lhe foi atribuído.

Algures para os lados do Casal do Marques...

Golfinho em Alcobaça

Golfinho encontrado com vida em areal de Alcobaça
Um golfinho foi encontrado esta terça-feira de manhã no areal da praia de Água de Madeiros (Alcobaça), informou fonte da Capitania da Nazaré.

A Polícia Marítima foi avisada por populares mas como o animal ainda estava vivo, foram chamados técnicos do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) ao local.
"O golfinho vai ser transferido para uma piscina de modo a estabilizar os problemas de saúde. Só depois é que poderemos definir uma estratégia", acrescentou a mesma fonte.
In Diário Digital / Lusa

Celadon

Ana Bola e Maria Rueff: uma comédia portuguesa no Cine-Teatro de Alcobaça
A peça de teatro Celadon vai ser exibida no Cine-Teatro de Alcobaça no dia 18 de Fevereiro (sexta-feira) às 21h30. O espectáculo conta com as interpretações de Maria Rueff e Ana Bola, também autora dos textos, e com a encenação de António Pires. Duas "escultoras de nails" (vulgo manicuras) que trabalham num fórum (expressão high-tech para Centro Comercial). Falam das suas "vidinhas" mas também dos seus sonhos. Celadon é uma comédia que pretende, em primeiro lugar, fazer rir. Se for possível rir e reflectir em simultâneo, a autora agradece. E já agora: porquê Celadon?
[Ler mais, no Tinta Fresca]

Avenida do Progresso?

Durante muitos anos, todos os Beneditenses acreditaram que o facto de a Avenida da Igreja na Benedita não estar finalizada(com ligação à EN1) era um entrave ao desenvolvimento daquela localidade. Sempre apontaram o dedo à C.M.A., responsabilizando-os pela falta de progresso na vila.
Agora que a dita avenida está terminada e em funcionamento há algum tempo, será que ainda se mantém a mesma opinião? É esta via responsável pelo crescimento da Benedita?
A mim parece-me que não, pois basta olhar para a avenida fantasma e para o progresso que não foi acelerado após o término da via.
Por vezes devemos ser mais razoáveis e criticar apenas quando sabemos do que estamos a falar...

domingo, 13 de fevereiro de 2005

Impressão minha, ou...

em Alcobaça não existe nenhum local onde seja possível adquirir CDs além dos supermercados Modelo e Intermarché, onde a escolha é reduzidíssima?
Ora aqui está uma boa oportunidade de negócio.

Carnaval de Alcobaça

Alcobaça viveu em 2005 um dos melhores Carnavais dos últimos anos, na minha opinião. Falo em especial da noite de Sábado onde não faltou imaginação, dedicação e empenho e onde se viveu uma intensa animação nas ruas da cidade.
É por isto que o Carnaval de Alcobaça continua a ser o melhor do mundo!


Instalação "Redra" em Alcobaça (correcção)

Segundo um comentário deixado por Samuel Jerónimo, a data da estreia da instalação "Redra" na Escola Adães Bermudes sofreu uma pequena alteração do dia 8 de Abril para o dia 7 de Abril.
Muito obrigado pela correcção, Samuel.

Limpeza das ruas

Como já muitos devem ter reparado, a Travessa da Cadeia apresenta um piso de aspecto bastante sujo. As culpas dividem-se entre a falta de chuva e o elevado movimento nocturno dos bares desta artéria, com o seu pico agora na época do Carnaval.
E que tal uma visitinha dos responsáveis pela limpeza das ruas?

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Vende-se! Assim não, obrigado!

Vasco Gomes, comerciante Alcobacense teceu mais uma vez duras críticas à obra de requalificação do centro histórico de Alcobaça.
Para Vasco Gomes, as obras são já as grandes responsáveis do encerramento de alguns estabelecimentos comerciais na zona. Bom, o que é certo é que o comércio em Alcobaça está em decadência há largos anos e as responsabilidades continuam a saltar de causa em causa. Ora é culpa da CMA que não promove eventos, ora é a falta de estacionamento, ora é a falta de subsídios, ora é a polícia que multa os carros mal estacionados, ora é o Modelo, etc., etc., etc.. Agora é a requalificação urbana.
No fundo, existem provas dadas que a crise do comércio poderá não estar ligada a estas causas. Já dei aqui no blogue vários exemplos de sucesso em cidades vizinhas com as mesmas preocupações. Então os Alcobacenses não podem andar 300m para ir às compras em Alcobaça e podem andar mais de o dobro na cidade das Caldas onde se deslocam cada vez com mais regularidade? O centro histórico de Tomar está vedado ao trânsito numa área bastante maior que a zona do Rossio em Alcobaça e o comércio tem-se mantido de boa saúde. Não, não precisamos de autocarros movidos a hidrogénio nem de serviços de transporte de compras. As pessoas andam bem mais noutras paragens.
Então quais as causas desta degradação? _ As pessoas continuam a consumir e são obrigadas a comprar. Se não o fazem em Alcobaça e o fazem nas Caldas ou em Leiria só é necessário perceber porquê. A resposta é muito simples.
O comércio em Alcobaça estagnou algures nos anos 80 e nunca mais foi alvo de investimento, de evolução e progresso. Nunca se soube adaptar às novas realidades de mercado e isso foi repelindo os clientes. Um exemplo, hoje as pessoas vestem na Zara, na Mango e nas grandes marcas. Em Alcobaça não existe escolha neste segmento e ainda se vêem montras com o mesmo estilo dos anos 70 e 80. Para piorar, chego-me a arrepiar com a cara de alguns comerciantes que parece estarem a fazer um grande favor aos clientes.
Este Natal foi flagrante, de todas as pessoas com quem falei, a opinião foi unânime. "Andámos às compras em Alcobaça, mas não encontrámos nada de bom gosto. Tivemos de ir às Caldas e a Lisboa." As pessoas tentaram. Até andaram por Alcobaça e pelo seu centro sem estacionamento e em obras, mas estava tão mau que tiveram de se deslocar 30 Km e mais. O comércio está antiquado e inadaptado.
Há também a questão das mentalidades. O comerciante típico Alcobacense não tem visão de futuro e tem falta de bases de gestão. Será que alguém acredita que a "Rosata" encerrou devido às obras? Um estabelecimento com boa clientela? Claro que não, e não tentem enganar os mais desprevenidos.
Também muito importante, e referido também pelo Vasco é o facto de os jovens formados Alcobacenses não investirem na cidade e não voltarem. Vontade não falta, mas existe um factor muito importante que inviabiliza qualquer projecto. O preço do aluguer de qualquer estabelecimento comercial em Alcobaça está hiper-inflacionado. Qualquer negócio não será rentável quando se cobram rendas ao nível de cidades como Leiria e mesmo Lisboa. É muito triste, mas os proprietários Alcobacenses e a sua ganância preferem ver um estabelecimento fechado a ser alugado por um preço mais em conta. Isto prova que a crise ainda não afecta muita gente. Posso dar o meu exemplo pessoal, que tentei abrir um estabelecimento em Alcobaça, da área de vestuário e o preço das rendas que encontrei desmotivou-me por completo. Conslusão, Alcobaça não, obrigado!
Podem-se ir atirando culpas a tudo e a todos, mas enquanto não se olhar com coragem para o cerne da questão nunca nada se irá resolver.
As obras são incómodas e por si só não melhorarão a vida dos Alcobacenses, mas se forem bem aproveitadas por todos poderão ser usadas como um estímulo para a economia local. O mercado do turismo está muito competitivo e os nossos vizinhos espanhóis não brincam nessa área. Temos de fazer frente com as nossas cidades e os nossos monumentos sob pena de ficarmos invisíveis aos olhos do mundo do turismo, e isso não se conseguirá com os ambientes degradados que tínhamos e ainda temos infelizmente.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Luzes da Ribalta

RÁDIO CISTER, de ALCOBAÇA (FM 95,5).
A 11ª edição, na próxima noite de terça-feira, 15 de Fevereiro, será especial e terá como único tema de debate:
AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 20 DE FEVEREIRO - QUE CAMPANHA ELEITORAL ESTAMOS A TER? QUE RESULTADOS SE PODERÃO PREVER? O QUE PODEREMOS TODOS ESPERAR A PARTIR ESSE DIA?
Com a participação dos comentadores residentes convidados ANTÓNIO JOSÉ NABAIS, JOÃO MOREIRA, JOSÉ ANTÓNIO CANHA e JOSÉ COSTA E SOUSA.
Comentários e sugestões sobre o programa: ldrcister@hotmail.com

Negócios

A revista de economia "Mais Valia" publicou no seu último número um estudo sobre quais as melhores cidades do país para fazer negócios.
O estudo foi feito com base nos concelhos com mais de 21 mil habitantes (80, no total) e nos indicadores demográficos e económicos, tais como PIB per capita, índice de poder de compra, volume de vendas médio por empresa, taxa de crescimento das empresas, relação entre o numero das empresas e o número de habitantes, relação entre o numero das bancos e o número de habitantes, dspósito bancário médio por habitante e empresa, percentagem de população activa e população total.
A cidade de Alcobaça ocupou 44ª posição da tabela, um valor bastante razoável tendo em conta a nossa dimensão em comparação com muitas das cidades de Portugal. É certo que ficámos bem atrás de cidades vizinhas como Leiria(10), Marinha Grande(20) e Caldas da Raínha(21) mas cujas dimensões não se comparam. Ainda assim a cidade ultrapassou cidades como Tomar, Rio Maior e outras de significativa impotância como Vila Nova de Gaia, Vila Real, Barreiro, Odivelas, Póvoa de Varzim, Covilhã, Abrantes, Barcelos e Olhão.
A lista foi liderada claro está por Lisboa, seguida de Cascais, Porto e Faro.

Dia especial

Completa hoje uma ano de existência o blogue "Terra de Paixão". Foi um blogue criado por quem gosta da sua terra e que pretende enaltecer tudo o que Alcobaça tem de bom. Tudo, com um pouco de boa crítica à mistura.
Foi pretendido também melhorar o bairrismo dos Alcobacenses e acabar com o incómodo sentimento anti-Alcobaça que se vive. São publicadas aqui opiniões de quem vê Alcobaça do lado de fora, de quem já teve a experiência de viver noutras cidades e sabe tudo o que de bom existe na nossa. Só assim se podem fazer comparações e só assim se percebe que Alcobaça não está atrás de muitas outras cidades.
Gostaria de agradecer a todos que ao longo deste ano contribuíram para o sucesso do blogue ao enviarem informação, ao abrirem fóruns de discussão nas caixinhas de comentários e até mesmo ao divulgarem o "Terra de Paixão". Obrigado a todos os leitores que elevaram o contador de visitas até perto de 5000 e os "page views" aos 6000. Foi um crescimento assustador que me deixa muito lisonjeado.

Infelizmente a minha cada vez mais agitada vida profissional não me tem permitido publicar artigos de opinião como desejaria, ou até mesmo desenvolver um pouco mais os que vou publicando. Espero poder melhorar este ponto ao longo do tempo.
Parabéns Blogue "Terra de Paixão". Parabéns Alcobacenses.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Instalação "Redra" agendada para Alcobaça

Depois de ter recolhido as melhores criticas em Portugal e noutros países da Europa e de ter visto o seu álbum de estreia "Redra Ändra Endre De Fase" apontado pelo jornal Público como um dos melhores dez álbuns nacionais de 2004, o músico valadense Samuel Jerónimo junta-se agora ao artista alcobacense Carlos Sousa, na criação da exposição audiovisual "Redra: o papel do erro na descoberta/ mudança" que irá estrear no dia 25 de Fevereiro no Museu Nogueira da Silva em Braga. A 8 de Abril estará na Escola Adães Bermudes (Alcobaça), a 10 de Abril no Festival Gouveia Art Rock 2005 (Gouveia) e a 13 de Maio na Feira da Fanzine (Almada).
[Ler mais, no Tinta Fresca]

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

Como é possível?

Mas será que ninguém vê? Desde quem faz, a quem transporta, a quem instala e a quem fiscaliza?

Fotografias retiradas do Semanário "Região de Cister".
É o cúmulo da despreocupação e falta de profissionalismo...

Feito inédito


Pela primeira vez na história um Alcobacense formou-se em Psicologia...
[Publicado no Semanário "Região de Cister"]

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

Finalmente

Chegou finalmente uma das festas mais desejadas pelos Alcobacenses, incluíndo eu próprio. Confesso que sou um grande folião nesta altura do ano e que não perco uma boa saída nocturna no Carnaval de Alcobaça.
Para este ano só desejava que o auge da discoteca Sunset fosse um pouco mais cedo e não às 6h00 da manhã como aconteceu no ano passado. É que a idade já me começa a pesar e em algumas das noites já não consigo ir lá. É pena, porque se está a degradar um pouco o ambiente extremamente festivo da Sunset. Os responsáveis são os bares que se mantêm abertos até altas horas mantendo assim as pessoas pela cidade. Penso que não deveriam exagerar para o bem de todos...
Bom, até já copiei o banner do Site de Alcobaça.

Na Adães Bermudes

C.M. Alcobaça tem “luz verde” para criar empresa municipal

O executivo da câmara de Alcobaça deu "luz verde", ao ter aprovado recentemente um documento, meramente intencional, para a eventual criação da empresa municipal, Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), e os membros da Assembleia Municipal concordaram com a inscrição da rubrica no Plano Plurianual de Investimento (PPI) para 2005.
A vontade da autarquia em criar a empresa municipal - cujo objectivo é conseguir fundos comunitários para serem aplicadas nas zonas históricas e zonas críticas do concelho e evitar o agravamento do endividamento do município -, surgiu na sequência da lei publicada o ano passado do Diário da República, que permita a criação das SRU, e de uma reunião realizada recentemente entre o executivo camarário, e o presidente do Instituto Nacional da Habitação (INH), onde foram explicados todos os pormenores acerca da sociedade e dos fins a que se destina.
«Os senhores vereadores fizeram as perguntas que quiseram, foram-lhes dadas as respostas adequadas e possíveis, e, numa reunião o executivo aprovou o documento, que não passa apenas de uma intenção», referiu o presidente do município, Gonçalves Sapinho, salientando que não «existem certezas» quanto à concretização do projecto.
Como o PPI da câmara para 2005 já tinha sido aprovado no ano passado, e não existia nenhuma rubrica destinada a este tipo de projectos, o assunto foi discutido e aprovado na Assembleia Municipal (AM) de segunda-feira. Se de futuro a autarquia decidir avançar com o processo poderá fazê-lo, embora não esteja definido o valor do investimento. Aliás, qualquer município que tenha intenções de criar empresas municipais ou apoiar instituições de carácter social e/ou desportivas, as verbas têm de estar incluídas no PPI.
In "Diário de Leiria"

Aguardo com espectativa os resultados e espero que sejam muito produtivos para o município.

Quercus contra projecto

A associação ambientalista Quercus contestou ontem a construção de um empreendimento turístico numa arriba da praia da Pedra do Ouro, em Alcobaça, que, de acordo com um estudo elaborado, não está em condições para suportar a obra, por se encontrar em avançado estado de erosão. Para a associação, a construção de 32 habitações a 50 metros do topo da arriba, aprovada pela autarquia, é mais uma ilegalidade no ordenamento da zona costeira de Alcobaça.
In "Público"

Um assunto em discussão à longa data e que ainda não mereceu explicações. Bom, também não há nada como construir hoje para demolir amanhã...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Solidariedade sem fronteiras

A Associação Regional Alcobacense, com sede em Farmingville, Nova Iorque, entregou segunda-feira aos Bombeiros Voluntários de São Martinho do Porto um cheque no valor de 18 mil dólares. A verba destina-se a ajudar a concluir as obras do quartel.

Fundada há 10 anos por emigrantes oriundos do concelho de Alcobaça, a Associação Regional Alcobacense, presidida desde a sua criação por Manuel Constantino, natural de Vimeiro, promove todos os anos ,em Farmingville, uma festa cujas receitas revertem para causas de solidariedade.

No décimo aniversário, o apoio foi para os Voluntários de São Martinho do Porto, que já estão aplicar a verba nas obras do quartel.

"Acertam sempre no momento próprio", disse Gonçalves Sapinho, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, que recebeu os membros da associação nos Paços do Concelho, onde foi feita a entrega do donativo.

Referindo-se a apoios anteriores, o chefe do executivo frisou "a oportunidade" com que aquela associação intervém em "causas de natureza social ou cultural" no concelho.

O autarca de Alcobaça, que não poupou elogios ao gesto de "solidariedade do outro lado do Atlântico", enalteceu, também, "a dinâmica e o trabalho dos Voluntários de São Martinho do Porto".

Por seu turno, Manuel Constantino lembrou que, apesar de emigrantes, "orgulhamo-nos também de ser alcobacenses".

Segundo aquele responsável, a escolha dos Bombeiros de São Martinho surgiu na sequência de uma carta enviada o ano passado por aquela corporação, a braços com dificuldades financeiras para concluir as obras do quartel.
In Região de Leiria

Sobre os temas do próximo Luzes da Ribalta

Será o concelho de Alcobaça um concelho seguro?
É claro que o concelho é seguro. Não existem registos de crimes violentos e mesmo a criminalidade ligeira não é significativa. Estamos certamente bem abaixo da média nacional e europeia neste campo e nem nos podemos comparar a distritos como Lisboa, Porto e Setúbal.
É obvio que existem várias ocorrências, muito acima do que todos nós desejaríamos, mas algo perfeitamente normal na sociedade de hoje.

Estudo do Instituto Nacional de Estatística situa distrito de Leiria abaixo do nível médio nacional, em termos de poder de compra. Porque será?
Uma pergunta pertinente e com uma resposta muito simples. O distrito de Leiria foi incapaz de atraír quadros superiores ao longo dos últimos anos, não tendo sido feito qualquer investimento capaz de atraír empresas qualificadas e capazes de absorver este tipo de profissionais. Ao invés, temos um distrito agrícola e industrial com mão de obra muito pouco qualificada e empresários de nível relativamente baixo. O distrito não se tem conseguido adaptar às novas realidades do mercado e assistimos constantemente ao encerramento de unidades industriais e ao abandono das zonas agrícolas.
O distrito de Leiria não possui um Polo Tecnológico, não possui empresas de peso em áreas de investigação e desenvolvimento, não tem uma grande Universidade e nem é considerado sequer um distrito de peso no país. É o assistir constante à fuga de profissionais com qualificação para distritos influentes como Lisboa ou Porto.
Mais uma vez volto a dar o meu exemplo, da minha turma do Secundário em Alcobaça, todos se formaram e contam-se pelos dedos os que ficaram.

Opinião

Devido a um grande número de compromissos profissionais que tenho vindo a assumir, tem-me sido muito difícil publicar aqui alguns artigos de opinião como era meu hábito. Ainda assim, vou tentar fazer um esforço para que isso se torne possível, ainda que sem o nível de desenvolvimento dos assuntos desejado.
Gostaria muito de comentar alguns dos temas debatidos no programa Luzes da Ribalta da Rádio Cister, apesar de me ser impossível ouvir o programa. Vou tentar começar a fazê-lo.