Ciência Viva no Verão

Biologia no Verão 2004 - Alcobaça
(Câmara Municipal de Alcobaça)

Um programa muito interessante para nos ajudar a conhecer melhor o nosso concelho e a sua natureza. São de louvar iniciativas deste tipo e não podemos deixar fugir oportunidades destas.

Título: Intrusos no litoral de alcobaça
Data: 4 de Agosto às 09:30
31 de Agosto às 09:30
13 de Setembro às 09:30
14 de Setembro às 09:30
Ponto de encontro: Largo do cruzeiro na Vila de Pataias.
Itinerário: Saída da vila de Pataias às 9.30 em direcção ao litoral do concelho: Praia da Polvoeira, Praia de Paredes da vitória, Praia de Vale Furado e regresso à vila de Pataias ás 13 horas.
Número de participantes: 15
Inscrição prévia: SIM - Contacto:962696378
Responsável pela acção: Sofia Edra Quaresma
Descrição: No litoral de Alcobaça existem areais a perder de vista e paisagens fantásticas. Na praia da Polvoeira, séc. xv, funcionava um porto de pesca cujo molhe não passa despercebido.Em Paredes da Vitória, a linha de água que nasce nas areias movia moinhos ainda presentes: a água é transparente e um anfíbio muito especial fez das zonas de remanso a sua casa. Já Vale Furado apresenta pormenores de erosão fora do comum. Mas, no meio de tanta beleza natural, há intrusos: a acácia e o chorão invadem dunas e arribas e têm vindo a descaracterizar a paisagem. A vegetação autóctone precisa de ajuda e, neste sentido, este ano tiveram início actividades de erradicação de plantas exóticas. Porém o trabalho é imenso. Também o fogo tem ameaçado este reino do pinheiro bravo e a sucessão ecológica é notória. As camarinhas, restritas à Península Ibérica, são uma relíquia vegetal que vamos visitar.
Notas: Os participantes deverão levar vestuário e calçado confortáveis, protector solar, água e lanche, chapéu e, caso possuam, máquina fotográfica e binóculos.

Título: Lagoas em apuros
Data: 5 de Agosto às 09:30
6 de Agosto às 09:30
7 de Setembro às 09:30
10 de Setembro às 09:30
Ponto de encontro: Largo do cruzeiro na vila de Pataias.
Itinerário: Largo do cruzeiro - Lagoa de Pataias - Lagoa dos Linhos - Largo do cruzeiro.
Número de participantes: 15
Inscrição prévia: SIM - Contacto:962696378
Responsável pela acção: Sofia Edra Quaresma
Descrição: Era uma vez uma lagoa com água transparente, peixes vermelhos e muitos galeirões e galinhas de água. Mas começaram a chegar fertilizantes à água, começaram a ser despejados carros cisterna na lagoa, o homem pesca onde e como quer e corta juncos para aceder às margens que mais lhe convêm. Também chegaram espécies exóticas. A confusão é grande e a água agora é verde. Os anfíbios lutam pela vida, os girinos são apetitosos para os peixes exóticos e a água está doente, excessivamente nutritiva. A vegetação aproveita estes nutrientes, os nenúfares estão a cobrir o espelho de água e as acácias estão a revestir as margens. Desde há 2 anos que se tenta gerir este estado de desiquilíbrio e descaracterização (EUTROFICAÇÃO). Será que a lagoa de Pataias terminará como a lagoa dos Linhos? O ciclo natural aponta para isso mas, se o homem acelerou este processo, tem também o dever de o retardar e legar às gerações vindouras uma lagoa minimamente saudável. É isso que se pretende e é para isso que se tem trabalhado.
Notas: Os participantes deverão levar vestuário e calçado confortáveis, protector solar, água e lanche, chapéu e, caso possuam, máquina fotográfica e binóculos.

Título: Um Vale Especial
Data: 7 de Setembro às 14:30
10 de Setembro às 14:30
13 de Setembro às 14:30
14 de Setembro às 14:30
Ponto de encontro: Largo do Mosteiro de Alcobaça às 14h30.
Itinerário: Saída do mosteiro de Alcobaça às 14.30 em direcção à Chiqueda. Subida do Vale desde as nascentes (Poço Suão) até ao campo de futebol do Carvalhal de Aljubarrota. Regresso ao Mosteiro de Alcobaça de autocarro.
Número de participantes: 15
Inscrição prévia: SIM - Contacto:962696378
Responsável pela acção: Sofia Edra Quaresma
Descrição: O Vale da Ribeira do Mogo, onde se situam as Nascentes do Rio Alcoa constitui um corredor de vegetação tipicamente mediterrãnica que liga a cidade de Alcobaça à Serra dos Candeeiros. No Outono e Inverno, as nascentes funcionam como maternidade para aves e anfíbios e, no Verão, esta zona é o bebedouro de toda a fauna que habita o vale.
Fisicamente localizado fora da área de influência do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, mas ecologicamente contínuo, o vale, de pequena dimensão e grande proximidade ao espaço urbano, torna-se um local extremamente vulnerável, podendo entrar em desequilíbrio por acção da pressão humana. Como principais ameaças citam-se a pedreira que opera numa das vertentes do vale, o corte de carvalhos para obtenção de lenha, e a possibilidade de incêndio, sempre presente.
A acção das águas sobre as camadas de calcário que afloram nos vales muito encaixados da Ribeira do Mogo permitiu a formação de importantes cavidades naturais, algumas das quais foram utilizadas pelo homem ao longo dos tempos e outras que são interessantes sob o ponto de vista espeleológico e biológico (morcegos carvenícolas, líquenes, briófitas e fungos). Algumas das vertentes são habitat de aves de rapina que encontram aqui excelentes condições para nidificação.
Na Ribeira do Mogo continuam em bom estado grande parte das antigas estradas que percorriam o fundo do vale e, dentro do possível, vamos tentar percorrê-las.
Notas: Os participantes deverão levar vestuário e calçado confortáveis, protector solar, água e lanche, chapéu e, caso possuam, máquina fotográfica e binóculos.