Cidade Vidreira Desce na Tabela da Qualidade de Vida
A Marinha Grande desceu 20 lugares na edição de 2009 de um índice nacional da Universidade da Beira Interior (UBI), em que o cenário geral "não se pode considerar animador", revelou o autor.
Na edição anterior do Índice Concelhio de Qualidade de Vida dos municípios do Continente, a cidade vidreira encontrava-se nos 20 com melhor qualidade de vida, mas este ano, o estudo dá conta de uma descida significativa da Marinha Grande, que se encontra agora na posição 36 de 278 concelhos.
De acordo com o estudo de 2009, nenhum município do distrito de Leiria conseguiu alcançar os 30 primeiros lugares e a maioria desceu de posição no ranking nacional. Nazaré mantém a posição da edição anterior (33.o lugar), sendo o concelho do distrito que melhor qualidade de vida proporciona aos seus habitantes, seguida da Marinha Grande (36.o lugar) e Caldas da Rainha, que também registou uma descida (41.o lugar).
Óbidos, Alcobaça, Ourém, Ansião e Pedrógão Grande foram os únicos municípios que subiram de qualidade de vida, com os concelhos obidoense e pedroguense a registar a maior subida, mais de 50 lugares.
No oposto, e a par da Marinha Grande e Caldas da Rainha, desceram de qualidade de vida os concelhos de Leiria, Batalha, Peniche, Castanheira de Pera, Porto de Mós, Bombarral, Pombal, Figueiró dos Vinhos e Alvaiázere.
Castanheira de Pera, Porto de Mós e Alvaiázere foram os concelhos que mais desceram na tabela, onde a capital de Leiria, a cidade do Lis, desceu quatro posições em relação ao estudo anterior.
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"Os municípios do litoral destacam-se nos 20 primeiros e nos últimos lugares predominam os municípios do interior norte e alentejano", sublinhou.
"Este índice reflecte a realidade do País", recorrendo a meia centena de variáveis de 15 áreas como equipamentos (de comunicação, culturais ou outros), educação, ambiente ou dinamismo económico, entre outros.
O trabalho conclui que "existem apenas poucas áreas em que a situação se apresenta positiva. Apesar da existência de algumas em que a situação é neutra, a maioria revela uma situação deficitária de grande parte dos concelhos portugueses".
"Em termos gerais, não se pode considerar animador o cenário do país em termos de desenvolvimento económico e social ou de qualidade de vida no sentido mais amplo", destaca.
A edição de 2009 do índice foi feita com base no anuário de 2006 do Instituto Nacional de Estatística, "o mais recente disponível", enquanto a edição divulgada no último ano tinha por base o anuário de 2004.
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Seja como for segundo Pires Manso, "nunca se fez um estudo em Portugal com tanta variável como nós utilizamos neste. É um trabalho fiável", garante.
Questionado sobre a oportunidade da actualização do índice com eleições autárquicas à porta, Pires Manso acredita que "é o momento ideal. A minha expectativa é que isto suscite o debate". "Estamos a dar um contributo para que o país se conheça melhor e as pessoas possam debater", concluiu. Segundo o investigador, o estudo não abrange a Madeira e Açores, "porque não estão publicados os mesmos dados que existem para todos os outros municípios".
In Diário de Leiria
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