Espectáculos da Feira de S. Bernardo podem passar para o Rossio.
A medida consta das alterações efectuadas às normais gerais deste evento secular, aprovadas pela maioria social-democrata que governa a Câmara Municipal.
O executivo camarário de Alcobaça aprovou alterações às normas gerais da Feira de São Bernardo, e uma das alterações visa o envolvimento da cidade, através de espectáculos diários no Rossio, marcados para as 19h30.
O presidente do executivo, Paulo Inácio, já assegurou que, para já, se tratam apenas de alterações às normas, não estando, ainda, nada definido para a edição de Agosto deste ano.
O vereador da CDU, Rogério Raimundo, levou dúvidas sobre os resultados desta iniciativa pois considera que a “divisão física” de alguns eventos do certame "poderá não ser uma boa solução".
Por seu lado, o vereador socialista Jorge Agostinho, que discorda da realização de espectáculos da Feira de São Bernardo junto ao Mosteiro de Alcobaça, lembrou que a medida foi posta em prática no passado, tendo resultado em protestos por parte dos feirantes, que se queixaram da falta de clientes.
O presidente da Câmara Municipal, Paulo Inácio, referiu, por seu turno, que a "decisão política" ainda não está firmada e que a intenção da autarquia não é descentralizar os concertos de artistas populares, mas apenas os "espectáculos de qualidade", que servem de complemento à programação da feira, mais direccionada o público de massas.
Para já, estão alteradas as normais gerais da feira que compreendem, ainda, por proposta da maioria PSD, a deslocalização dos feirantes para as traseiras do MercoAlcobaça, e a instalação de um palco para os artistas locais.
In Rádio Cister
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Bom, parece que o que escrevi aqui há quase um ano atrás já teve os seus efeitos e novas ideias apareceram. Claro que com alguma oposição como é natural, mas pelos menos já há vontade em mudar alguma coisa ao modelo da Feira, que é o mesmo desde a época medieval...
Apenas uns pontos que poderão ser importantes reflectir:
- "Divisão física" da Feira
Eu não vejo a questão como uma divisão mas sim como um alargamento. Alargamento no tipo e variedade de espectáculos e nos vários tipos de público. Estamos conscientes que o actual modelo da Feira não atrai a generalidade da população ( incluíndo eu ), e um possível aumento do tipo de espectáculos poderia muito bem ser benéfico para Alcobaça ao tornar-se em mais um chamariz para outros segmentos de visitantes.
A ideia não é dividir o pão para o vender em locais diferentes, mas sim continuar a vender o pão como até aqui e começar a vender bolos noutros locais.
- Descentralização e o Tirar Clientes aos Feirantes
Aqui creio que está uma discussão sem sentido. É obrigação da CMA organizar um evento que sirva Alcobaça e os Alcobacenses da melhor forma e promova o concelho. A organização não tem de angariar clientes para os feirantes, não tem de forçar as pessoas a passarem pelas barraquinhas e não tem de ser responsável pelos bons ou maus negócios que os vendedores façam. Claro que há responsabilidades mínimas mas temos de uma vez por todas deixar de ser o país dos coitadinhos e dos que ficam à espera que o estado ou neste caso a CMA lhe meta os clientes em frente. Se a oferta for atractiva, a procura vai atrás!
Por outro lado, há também os benefícios que podem surgir para o comercio tradicional, para os verdadeiros comerciantes que estão em Alcobaça o resto do ano. É animação que se dá ao centro da cidade, são restaurantes, cafés e esplanadas cheios...
Voltando ainda ao cerne da questão, a ideia principal não será dividir mas sim alargar e aí não haverão prejuízos.
Seria bom ver este assunto aqui debatido com vários pontos de vista...
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