segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Às Terças-Feiras com a Cedecê Regressam em 30 de Janeiro

O ciclo Às Terças-Feiras Com a Cedece regressa em 2007, esperando aprofundar o êxito do ano anterior. A primeira sessão desse ciclo em 2007 será apresentada na próxima terça-feira, 30 de Janeiro, no Celeiro do Mosteiro de Alcobaça. Nesta sua primeira Às Terças-Feiras Com a Cedece, a companhia de dança sedeada em Alcobaça dará aos seus visitantes uma belíssima oportunidade de Conhecer de Perto o Velho e Parte do Novo Elenco da Cedece. Merece uma visita!
In Nas Faldas da Serra

Bazar das Monjas de Coz

Mais uma?!

Rogério Raimundo considera "vergonhoso" o prolongamento da situação
A CDU defende que é hora da Câmara Municipal de Alcobaça tomar a obra de despoluição do Rio Baça e terminar a empreitada, inacabada por falência do empreiteiro da Benedita.
Rogério Raimundo considera "vergonhoso" o prolongamento da situação actual.
O abandono da obra por parte do empreiteiro está em Tribunal e a Câmara aguarda a decisão judicial. No entanto, e segundo informações dos Serviços Municipalizados, faltarão, neste momento, apenas questões de pormenor para dar a obra de despoluição do Rio Baça por concluída.
In Rádio Cister
________________________________________________

Mais uma obra entregue a uma empresa falidada e que ficou a meio. É caso para dizer que na C.M. Alcobaça não se aprende com os erros... Deve haver sempre muito cuidado na verificação da situação económica das empresas a quem se entregam empreitadas.

INAG transferiu as responsabilidades sobre a área envolvente à antiga Central Hidroeléctrica

O Instituto Nacional da Água (INAG) transferiu para a Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo CCRLVT) as responsabilidades sobre a área envolvente à antiga Central Hidroeléctrica da Fervença.
A Câmara Municipal de Alcobaça quer requalificar uma das principais entradas na cidade de Alcobaça mas exige que as entidades responsáveis por parte dos terrenos envolventes da antiga central façam o mesmo.
Até agora a Câmara conseguiu apenas resposta sobre a quem pode pedir responsabilidades pelo estado de abandono do local.

Gonçalves Sapinho adquiriu, recentemente, 3 hectares de terrenos que pertenciam à antiga Fiação e Tecidos, situados na freguesia da Vestiaria, para requalificação ambiental do local e tem em plano a construção de uma ciclovia entre Alcobaça e a Maiorga.
Há um ano que a Câmara Municipal de Alcobaça iniciou contactos com organismos estatais para apurar a propriedade dos terrenos envolventes à antiga Central. Depois de forçar uma visita do Presidente do INAG ao local, a Câmara ficou a saber que cabe à CCR de Lisboa e Vale do Tejo a limpeza e manutenção do vasto espaço envolvente à antiga Central Hidroelectrica, um edíficio em ruína e de onde já desapareceram a maioria das peças que fizeram, em tempos, de Alcobaça, uma das primeiras povoações a ter luz electrica.
In Rádio Cister
__________________________________________

Aguardamos assim com alguma espectativa que seja desta a requalificação de um espaço com tanto potencial e que tanto poderá dignificar Alcobaça.

Red Line ao Vivo

3 de Fevereiro, sábado, às 13 e 30, nas Piscinas Municipais de Alcobaça.
Esta nova actuação dos Red Line em Alcobaça sucede à sua recente e bem sucedida actuação na antiga Pensão Mosteiro, a 16 de Dezembro, perante uma lotação tão esgotada que muitos fãs da banda tiveram de a ouvir na rua, apesar do frio que fazia
nessa noite...
A oportunidade surge a convite do Clube de Natação de Alcobaça, decorrendo a sua actuação durante o aquecimento dos mais de 400 nadadores que nesse dia participarão na XI Taça da Cidade de Alcobaça. A anunciar ainda mais algumas surpresas musicais para essa tarde.
Os Red Line são formados pelo João Carvalho (vocalista), Luís Ramos (guitarrista), Filipe Damião (guitarrista), José Vasco (baixista) e Diogo Freire (baterista).

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Maitê Proença leva peça baseada em seu livro a teatro luso

Lisboa, 15 Jan (Lusa) - A atriz Maitê Proença sobe ao palco do Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça (distrito de Leiria, centro de Portugal) dia 24 de fevereiro para apresentar a peça "Achadas e Perdidas", baseada em seu livro "Entre Ossos e a Escrita".

Maitê terá a companhia da atriz Clarisse Derzié Luz. Juntas, interpretarão 23 personagens diferentes, mudando de cenário 12 vezes, sob a direção de Roberto Talma.

"Achadas e Perdidas" é uma comédia que apresenta esquetes sobre assuntos variados, como futebol e morte, sob a ótica feminina.

A apresentação da peça integra uma série de espetáculos agendados para o Cine-Teatro de Alcobaça até o mês de abril, com música clássica, cinema e dança, entre outros temas.
No mês atual, por exemplo, o Doc Lisboa, 4º Festival Internacional de Cinema Documental, exibe no local os filmes premiados em sua edição do ano passado.
In Agência Lusa (Brasil)

Cine-Teatro de Alcobaça // [22 a 30 Jan'07]


Cine-Teatro de Alcobaça
Toda a programação em www.cm-alcobaca.pt

Bilhetes à venda:
CINE-TEATRO DE ALCOBAÇA
(Telf. 262 580 890/885 | www.cm-alcobaca.pt)
PLATEIA www.plateia.pt
(El Corte Inglés, Livrarias Almedia e Livrarias Bertrand | Telf. 21 4346304 )

Morada: Rua Afonso de Albuquerque, 2460-061 Alcobaça
Telefone 262 580 890 | FAX 262 580 891
e-mail: cine.teatro@cm-alcobaca.pt | www.cm-alcobaca.pt

Body & Soul no Cine-Teatro

Exposição Fotográfica de Paulo Madeira
19 de Janeiro a 19 de Fevereiro

"A luz é por defeito o agente primordial do universo visual, dela dependem todos os mecanismos de ver e de olhar. Por vezes as relações presentes no meu trabalho passam particularmente pelo registo do tempo num processo criativo, descobrindo a beleza do corpo humano e os seus gestos eróticos nas suas nuanças mais subtis, desde a intimidade silenciosa, meditação até ao desejo confessado e dedicação sem limites."
www.paulomadeira.net

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Nova Alcobaça

Está em desenvolvimento o maior empreendimento de sempre em Alcobaça, que prevê a urbanização de 40 hectares da Quinta da Barrada e mais de mil fogos para habitação.
A ideia até parece boa, só falta saber onde vamos encontrar cerca de 4000 pessoas para lá habitarem.
Não nos podemos esquecer que durante vários anos o crescimento populacional da cidade foi quase nulo, a oferta de emprego decresceu e a grande maioria dos nossos jovens partiram para outras cidades. Será possível assim que num curto espaço de tempo se conquiste tamanha quantidade de novos habitantes?
O problema é só um, queremos um grande empreendimento que valorize e dê melhores condições de vida aos Alcobacences, queremos uma Nova Alcobaça. Não uma Alcobaça Fantasma...

181 mil pessoas passaram pelo Mosteiro de Alcobaça

O número de visitantes do Mosteiro de Alcobaça cresceu acima dos 8% e a receita acima dos 10%.
181 mil pessoas passaram pelo Património da Humanidade durante 2006 ,segundo Rui Rasquilho, Director do Mosteiro, com um balanço positivo.
As actividades realizadas, nomeadamente as exposições na Ala de São Bernardo, as actuações do cantor Luís Peças durante os meses de Verão e a realização da Mostra dos Doces Conventuais foram um forte contributo para a motivação de mais pessoas na visita ao Monumento classificado património da Humanidade pela UNESCO.
Apesar do balanço positivo e do aumento do número de visitas, o Director do Mosteiro, Rui Rasquilho, admite continuar à de mais formas de aumentar as receitas e as visitas.
Para já, está garantida a continuação da política de abertura do monumento à sociedade civil e a cedência de salas do património à realização de eventos que se enquadrem no espírito do monumento. Esta iniciativa, testada pela primeira vez em 2006 resultou num importante encaixe financeiro para o monumento: 25 mil e 600 euros.
In Rádio Cister
______________________________________________________

Parece que afinal o Rossio não tem estado às moscas nem os turistas nos deixaram de visitar como apregoam alguns... Mais cego é aquele que não quer ver...

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Brad Mehldau inicia em Braga digressão por Portugal

O pianista norte-americano Brad Mehldau inicia no recém restaurado Theatro Circo de Braga, a 23 de Janeiro, uma digressão de concertos de jazz que passa ainda pelo Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e o Cine-Teatro de Alcobaça.

Considerado um dos melhores pianistas da actualidade pela sua técnica neste instrumento, que revela influências de estilos tão diversos como Schumann e Keith Jarrett, Brad Mehldau actuará a solo a 23 de Janeiro em Braga, a 24 em Lisboa e a 25 em Alcobaça.
Depois de se ter apresentado a solo em 2004 na Aula Magna de Lisboa, regressou em 2006 a Portugal para actuar em trio com Larry Grenardier e Jeff Ballard.
No ano passado lançou os álbuns «Love Sublime», com a contribuição vocal da soprano Renée Fleming, depois «House on Hill», e «Metheney Mehldau», onde faz uma parceria com o guitarrista Pat Metheney.
O músico norte-americano iniciou os estudos de piano aos seis anos, tendo-se formado em música contemporânea na prestigiada escola de música de Berklee, nos Estados Unidos.
Na música clássica, foi influenciado sobretudo por compositores como Beethoven, Schumann e Schubert e recebeu influências jazzísticas de Bill Evans e Keith Jarrett.
O seu segundo álbum, «The Art of the Trio» (1977), galardoado com um Grammy, foi editado com o apoio de nomes prestigiados do jazz como Pat Metheney e Charlie Haden.
No cinema, participou na criação de bandas sonoras para os filmes «De olhos bem fechados» de Stanley Kubrick, e «Million Dollar Hotel» de Wim Wenders.
In Diário Digital

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Doclisboa exibe documentários premiados em Alcobaça

O Cine-Teatro de Alcobaça vai acolher de 19 a 21 de Janeiro uma extensão do Doclisboa, o único festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado aos documentários.

Durante esse fim-de-semana serão exibidos vários filmes premiados na edição deste ano, que teve lugar em Outubro na Culturgest (Lisboa), com destaque para a produção nacional.

Todas as sessões de documentários terão lugar no grande auditório do Cine-Teatro de Alcobaça, que tem capacidade para 315 pessoas. O pequeno auditório, espaço com cerca de 60 lugares, ficará reservado à realização de debates e fóruns de discussão.

O Doclisboa, em 2006, conseguiu trazer às salas da Culturgest cerca de 20 mil espectadores. A realização desta extensão Doclisboa em Alcobaça pretende ser uma forma de descentralizar o maior evento dedicado ao documentário e, ao mesmo tempo, dar uma nova visibilidade ao género documental junto de públicos que mais dificilmente lhe têm acesso.


Programa
19 Janeiro
14h30, projecção dupla
"Onze Burros Caem no Estômago Vazio" de Tiago Pereira | 28´ Portugal 2006
Prémio Tóbis para Melhor Documentário Português de Curta Metragem
"Pintura Habitada" de Joana Ascensão | 52´ Portugal 2006
Grande Prémio Tóbis para o melhor documentário português de longa-metragem
21h30 - "Fora da Lei" de Leonor Areal
Menção Especial do Júri para o Prémio de Distribuição

20 Janeiro
16h00 "Cartas a uma Ditadura" de Inês Medeiros
Prémio de Distribuição Atalanta Filmes para filme português
21h30 - "Brava Dança" de José Pinheiro e Jorge Pires
Sessão Especial com a presença dos realizadores
0h00 - After Party "Brava Dança" no bar Clinic
Projecção de concerto histórico da banda Heróis do Mar que serviu de apresentação ao álbum "Macau", em Fevereiro de 1987, no antigo Voxmania (hoje cinemas King Triplex).

21 de Janeiro
16h00 - "Sombras do Passado" de José Manuel Fernandes
Prémio Sony para Melhor Primeira Obra Portuguesa
21h30 - "Logo Existo" de Graça Castanheira
Menção Especial do Júri para Melhor Documentário Português
In Oeste Online

Sistema informatizado nas urgências de Alcobaça

A partir do final de Março, as urgências do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça, vão implementar um sistema informatizado que permitirá guardar a informação detalhada dos utentes nos vários computadores existentes.

Os pacientes que entrarem nas urgências do hospital serão fotografados e os seus rostos ficarão arquivados nos ecrãs dos diversos computadores, a fim de dar a conhecer todos os seus passos aos médicos que os assistem.
O sistema permitirá uma melhoria dos cuidados prestados, o que poderá significar a redução do tempo de espera dos utentes, segundo revela o jornal da Região de Cister.
O Ministério da Saúde irá financiar 75% das verbas necessárias à modernização das urgências que, para além da implementação do novo sistema, vão ainda sofrer algumas alterações ao nível dos serviços.
In Fábrica de Conteúdos

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Investimentos (Correcção)

Ao que parece e depois de uma correcção efectuada pelo Eduardo Nogueira, a obra mencionada atrás no post "Investimentos" foi adjudicada por 1,072 milhões de Euros (já com Iva) e é comparticipada em 50% pelo FEDER.
É referido também que não se trata de uma mera obra de remodelação de um espaço público e compreende algumas intervenções que a oneram em grande parte: a Recuperação da Central Eléctrica, a recuperação do Pombal e o "enterramento" do Posto de Transformação, que estava nas traseiras da Biblioteca, e que seria inestético manter à superfície.

Assim já me parece um valor razoável e aceitável.
As minhas desculpas pelo erro e o meu agradecimento pela correcção e esclarecimento.

Comércio Tradicional em Alcobaça

AS AVENTURAS DO COMÉRCIO (DITO) TRADICIONAL NO CENTRO HISTÓRICO DE ALCOBAÇA: UMA ODISSEIA QUE DEVERIA TER O TRÂNSITO AUTOMÓVEL REGULAMENTADO!
Um excelente post de José Alberto Vasco no Nas Faldas da Serra.

Pediatria do Hospital de Alcobaça encerrou portas

A unidade de internamento do serviço de pediatria do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça, foi encerrada antes do início do ano, e as crianças são encaminhadas para os hospitais de Caldas da Rainha e Leiria.
A ordem de encerramento foi assinado pelo secretário de Estado da Saúde e ratificado pelo ministro da Saúde, Correia de campos, no passado mês de Novembro, mas como estavam algumas crianças internadas, a administração decidiu encerrar o serviço três dias antes do Natal.
O serviço estava a funcionar apenas com um pediatra, e a unidade de internamento possuía dois berços pequenos, dois grandes e quatro camas para crianças de mais idade, dos concelhos de Alcobaça e Nazaré.
Apesar do encerramento do serviço, o hospital continua a manter as consultas externas de pediatria, e o mesmo médico - que faz um horário semanal de 35 horas -, apoia os colegas de clínica geral em situações mais complicadas.
O presidente do Conselho de Administração do hospital de Alcobaça, António Ventura, diz encarar com normalidade o encerramento do serviço, em que o número de utentes era "inferior" ao desejado para que funcionasse em pleno.
"Como é sabido, a taxa de natalidade tem diminuído nos últimos 30 anos e, nos concelhos de Alcobaça e Nazaré, é muito notório e com reflexos no serviço de internamento de pediatria", afirma o administrador, adiantando que devido ao reduzido número de crianças internadas, não se justificava a continuidade da unidade de internamento.
Na opinião de António Ventura, a excelência dos serviços de pediatria dos hospitais de Caldas da Rainha e Leiria acabam por ser uma "mais-valia" para a prestação de melhores cuidados de saúde.
"Os serviços daquelas duas unidades hospitalares são muito bons, e como as distância são relativamente curtas, não fazia muito sentido existir este serviço", sublinha.

Espaço destinado aos cuidados paliativos
A administração do hospital vai propor ao Ministério da Saúde a transformação da recém-encerrada unidade de internamento de pediatria, num espaço destinado à prestação de cuidados paliativos. No âmbito desta unidade, é intenção da administração prestar serviços complementares, designadamente cuidados domiciliários por uma equipa médica e de enfermagem, apoio psicológico e espiritual aos utentes e à própria família.
Refira-se que o Hospital de Alcobaça presta apoio domiciliário gratuito há cerca de ano e meio, essencialmente aos utentes que ali foram operados e que tem dificuldades em se deslocar à unidade hospitalar para fazer os tratamentos.
In Diário de Leiria

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Semáforos em Aljubarrota

Parece que os tempos vão passando e os semáforos de Aljubarrota continuam sem funcionar devidamente. Voltamos ao problema antigo que é o de já possuirmos os equipamentos mas não os pomos a funcionar...
Aqui fica uma engraçada e irónica chamada de atenção para o problema por parte do blogue vizinho de Aljubarrota.

Investimentos

Retirei do site da Rádio Cister o seguinte:
"A requalificação da zona de entre-os-rios, orçada em 1.200 milhão de euros, recebeu um financiamento de 500 mil euros (40%) ao abrigo de um contrato-programa assinado com a administração central, mas pode vir a beneficiar de 75% de financiamento se lhe forem atribuídas as sobras do III Quadro Comunitário de Apoio, verbas afectas a projectos que outras Câmaras Municipais não chegaram a concretizar."

Uma dúvida... Estamos a falar daquele espaço de 70m x 30m localizado entre a Biblioteca Municipal e a junção dos rios Alcoa e Baça? Ou a área é bem mais abrangente?
Serão necessários 1.200.000 euros de investimento neste pequeno espaço? Os 500.000 euros de subsídio não serão suficientes? Eu faria muito apenas com esta verba naquele espaço...

Turquel despediu-se do Dr. Joaquim Guerra

Centenas de pessoas participaram no último adeus ao médico Joaquim Guerra que faleceu no Sábado, aos 95 anos. O funeral do antigo Presidente do Hóquei clube de Turquel e do Ginásio Clube de Alcobaça realizou-se em Turquel perante centenas de pessoas, entre amigos, atletas e ex-atletas dos clubes que dirigiu, familiares e antigos doentes, que encheram, momentos antes, o Pavilhão do Hóquei Clube de Turquel para a Missa de corpo presente.

Aos seus familiares a Rádio Cister apresenta as suas condolências.

DR. Guerra O médico de Turquel
Começou montado a cavalo no exercício da sua profissão, a curar quem dele precisasse. Em 64 anos sanou muitos males, ajudou 5370 bebés a nascer. E ainda hoje veste a bata e arranca o dente a quem apareça à sua porta aflito de dor.

Joaquim Guerra senta-se numa cadeira forrada a fórmica. Atrás dele, noutra sala, está um pequeno fogão de dois bicos com uma panela que já cozeu muitas dentaduras. Em caixas de papelão, muitos dentinhos artificiais. O médico de Turquel entregou a sua carteira profissional em 2004, aos 93 anos. Ele era uma espécie de João Semana – curou achaques diversos, ajudou muita gente a nascer. E arrancou muitos dentes.

O médico nasceu em 1911 na Quinta de Vale de Ventos, um couto agrícola dos frades do Mosteiro de Alcobaça. Foi o terceiro de dez filhos. O pai dele trabalhava na pecuária e negociava com juntas de bois – ninguém imaginava que Joaquim pudesse um dia chegar à terra, doutor, formado em Coimbra, pronto a curar todos os males.

Sentado no consultório em Turquel, aos 93 anos, o dr. Guerra ainda tem a memória na ponta da língua; conta que na mocidade calcorreava a Serra dos Candeeiros e os campos à volta no lombo de um cavalo: "Sempre fui bom a galope". A habilidade para as coisas equestres deu-lhe na mocidade a alcunha de "O Cavaleiro", quando desfilava em Coimbra, muito aprumado, no Batalhão Universitário da Legião Portuguesa.

Já lá vamos. Acaba de entrar uma paciente antiga que pede ao doutor que a veja com urgência. O lugar do dente que ali tirou há dias dói-lhe como se ele ainda lá estivesse.
O Doutor Guerra não se faz de rogado. A mulher senta-se na cadeira de dentista – uma peça de museu. Os olhos perspicazes do médico brilham por detrás das lentes grossas dos seus óculos. Debruçado na boca da paciente, ele descobre o busílis da questão – o bocado de dente que restara de uma intervenção estomatológica difícil.

Tira da boca da mulher o que lá ficou e de caminho vai também embora uma "pipetazinha na cara". "Ela disse-me que andava apoquentada com aquilo, que ainda tinha de ir para o hospital em Lisboa". Eu disse-lhe: "Que disparate, não custa nada, arranco-lhe isso já aqui!". Assim foi. A paciente sai satisfeita: "Muito obrigada, senhor doutor".

A BATA EM VEZ DA FARDA
Joaquim Guerra remexe na gaveta de uma pequena mesa com pernas de ferro enferrujado, procura a carteira profissional. Não a encontra e fica arreliado. Lá se recompõe. "Eu fiz a instrução primária na Benedita. Ia a cavalo num burro para a escola, aí a uns seis quilómetros."
Quando aprende a ler e escrever, o pai dele acha que basta. Não fosse um curandeiro da terra intervir, Joaquim nunca tinha chegado longe nos bancos da escola. O progenitor convence-se. O rapaz vai de burro apanhar o comboio ao Valado, para ficar internado num colégio na Figueira da Foz.

Feito o quinto ano do liceu, ruma a Santarém para continuar os estudos e depois à capital. "Tinha um tio que era cónego, o Manuel Luís, prior na Sé Patriarcal de Lisboa; de modo que fui fazer os preparatórios para entrar na escola de guerra. Era a minha ideia, mas não tive notas que chegassem."

Ainda hoje, o Doutor Guerra ressente-se com o desaire. Com o nó da gravata muito apertadinho nos colarinhos direitos da entretela, o médico esquece o aprumo e confessa que em jovem não lhe passava pela cabeça curar males alheios - preferia a farda à bata branca. "Mas os meus colegas disseram-me: Vamos lá para o Porto que até é mais barato! Vamos para medicina!..."

Livre como um passarinho, Joaquim ruma à Invicta. "Chegámos sem saber ao que íamos, e ainda lá estive dois anos, tirando o primeiro ano do curso". E então a gente disse: "Vamo-nos embora daqui: isto é muito frio de Inverno e muito quente de Verão, ainda apanhamos alguma doença!"
Premonição certeira. Antes da partida, Joaquim adoece com tuberculose pulmonar. Fado difícil, ainda não há antibióticos.

Lá recupera. Com a cura, vem a aproximação ao Partido Comunista. Nas ruas do Porto olha condoído para as mulheres e raparigas do campo que procuram trabalho. "Era uma pobreza, dormiam em qualquer lado. No chão do corredor da pensão onde estávamos, e até mesmo no chão da rua."

O CAVALEIRO DE COIMBRA
Depressa esquece a política e a pobreza que lhe machuca a alma. Troca o Porto por Coimbra e lá faz os cinco anos do curso para médico. "O meio académico coimbrão não era grande petisco. Muito liberal, de uma liberdade que para os rapazes não é bom serviço."

Joaquim não nega a boa vida. Sentando no seu consultório, ainda hoje se ri malandro. Diz ele, tinha boa figura. "Mas fui sempre sério com as mulheres; nunca tive amantes."
Longe do Porto pobre, na Coimbra das festas estudantis, Joaquim aproveita. Torna-se comandante do Batalhão dos Universitários da Legião Portuguesa. A cavalo participa numa parada. E nisso sim, tira proveito. "E sobressaía! Durante quatro anos também desfilei na Queima das Fitas como cavaleiro tauromáquico. Eu enchia-me de vaidade que é um grande defeito que nos acompanha toda a vida", diz empertigando-se na cadeira, imitando o aprumo de outros tempos. Ele ainda tem o bigodinho à Clark Gable.

As serenatas, a vida nas repúblicas, a camaradagem na associação académica orientam-lhe os dias. Até para estudar, Joaquim prefere o ar livre do Jardim Botânico. Lê as sebentas em voz alta, enquanto o seu amigo Tibério Nunes bebe a ciência de ouvido.
Já pouco se lembra do pesar por ter ficado aquém nos exames para a escola de guerra. O que não impede que quando chega a oportunidade de servir a Pátria, se encha de brios e cumpra afincado dois meses em Estremoz, onde esteve colocado à espera dos comunistas.
Joaquim, que tinha cumprido serviço militar na Infantaria, tinha sido chamado. "A certa altura houve a Guerra Civil de Espanha (1936/1939), e nós fomos colocados junto à fronteira porque se supunha que os comunistas, vencendo, avançavam para Portugal ali por aquela zona. Lá estivemos. Ainda tenho saudades da rapaziada. Confesso que fiz um figurão mas o inimigo, esse nunca o vi".

Joaquim Guerra forma-se no final de 1940. Nesse ano, antes de regressar a casa para exercer clínica, ainda tem tempo para o último desmando da juventude. No dia em que a Académica derrota o Benfica por 5-4 na final da Taça de Portugal, termina a noite na esquadra do Rossio, depois de alcoolizados desacatos na Baixa de Lisboa. Tinha feito a festa pelo desaire benfiquista.

À MINGUA DE DOENTES
Com o canudo na mão, Joaquim Guerra regressa a contragosto a Turquel. Queria dedicar-se à cirurgia, mas o pai não está para lhe alimentar a ambição; corta-lhe a mesada. Cabisbaixo e cheio de saudades de Coimbra lá ruma a Turquel para começar a actividade de clínico em terra pequena.

O tempo passa, a família mima o médico novinho em folha, que de médico tem pouco - não tem doentes. "A minha mãe, coitadinha, condoía-se com o filhinho, tão doutor e sem nada para fazer."
Mas um dia, em casa dos Guerra, lá aparece um homem aflito, a pedir ajuda para o mal de pele que pôs a sua mulher de cama. Aparelha-se o cavalo do doutor. "E lá fui eu, direito que nem um fuso, para tratar a minha primeira paciente."

Na receita passa umas pomadas para a vermelhidão. Em vão. "Quando o homem me aparece a queixar-se que a mulher estava pior, fiquei tão triste..."
O mal acabou com mezinha caseira: óleo de trigo pincelado com uma pena de galinha, receita da mãe do Doutor Guerra. "Eu disse cá comigo: Ora abóbora, andei cinco anos a estudar para isto. Quando voltei a casa da mulher, já não ia tão emproado."
Aplicada a mezinha, a doente melhora a olhos vistos. A fama do doutor espalha-se de Turquel à sede do concelho, Alcobaça.

DO CAVALO AO OPEL
O antigo aluno de medicina em Coimbra lá se habitua à pasmaceira da vida rural - era um médico de aldeia, um João Semana, pau para toda a obra, sem qualquer especialidade. "Um médico no campo tem de saber aplicar um remediozinho nos olhos, nos ouvidos ou na garganta. Saber curar uma dor de barriga, fazer nascer bebés. Tive até de aprender a lidar com a humildade das pessoas". As consultas cobrava-as a cinco escudos, quem as podia pagar. Ao consultório em Turquel, abre outro na Benedita. Em 1954 é a vez de Rio Maior.

O doutor Guerra fez 5370 partos. Grande parte destes bebés foram depois seus afilhados. Um padrinho médico dava jeito - pela vida a fora, o Doutor Guerra nunca lhes cobrou consultas.
Há seis anos Joaquim Guerra, depois de ter tirado estomatologia em Espanha, ainda teve forças para ir às aulas da pós-graduação em ortodôncia na Universidade Moderna. "Para aperfeiçoar o tratamento da boca dos outros."

Longe vão os tempos em que de cavalo, primeiro, bicicleta e Opel à manivela, depois, o doutor ía onde houvesse um doente. No edifício do consultório de Turquel, contíguo à casa onde criou a sua família, Joaquim Guerra reconhece que tem vivido muitos anos na melhor profissão do mundo: a de ser médico e “aliviar quem padece”.

A SANTA IRMÃ
Sobre a lareira de sua casa, Joaquim Guerra tem um porta-retratos com a fotografia de uma Carmelita de seu nome religioso Maria da Conceição. É a sua irmã Isabel, risonha, no dia em que festejou os 50 anos de Carmelo. "Está a ver este sorriso?! Esta dentadura fui eu que lha fiz."

Duas das irmãs de Joaquim Guerra seguiram o Carmelo - Carminda e Isabel. O doutor não esconde a preferência por esta última, e emociona-se de cada vez que se lhe refere. "Ela viveu sempre muito honestamente, e só teve um pretendente: um rapaz muito recatado, que era farmacêutico. Ele nunca lhe tocou e ela era muito formosa, a mais formosa que havia! Era também uma excelente cavaleira e aquilo era preciso equilibrar bem porque eram bestas muito endiabradas."

Ainda hoje lhe custa a compreender porque aquela irmã tão bonita e prendada, aos 30 anos, se retirou. "Tenho pena de não a poder apresentar. Está no céu. Nem quando morreu saiu do Carmelo, ficou lá no cemitério, e pode não acreditar mas quando lhe abriram o caixão, ela resplandecia como luz. E eu disse: "É luz divina, passou por este mundo resplandecente, só quem acredita é que pode compreender."

FILOSOFIA AMOROSA
Joaquim Guerra casou no início da década de 30 com certa pequena de Lisboa que vinha de férias a Turquel. O seu pai era proprietário de uma confeitaria na Rua do Ouro. Três meses a namoriscar Irene Pereira, bastaram. Casou com ela. "Começámos a conversar mais intimamente e pouco depois casámos. Não é não preciso muito tempo para conhecer as pessoas, porque aquelas que andam na verdade e na sinceridade, e na modéstia, a gente conhece-as logo." Joaquim e Irene tiveram cinco filhos e "uma data de netos e bisnetos". Joaquim perdeu Irene há 13 anos.
In Rádio Cister
Text retirado de Correio da Manhã