O Ministro da Agricultura afirmou esta terça-feira em Alcobaça que se a candidatura à modernização do sistema de rega dos campos da Cela for consistente, dificilmente ficará sem verbas dos fundos comunitários.
A candidatura, que é elaborada pelo próprio Ministério da Agricultura, já foi aceite, mas a decisão final será sempre técnica e não política, pelo que só um bom projecto é que garantirá o sucesso do pedido de apoio à Comunidade Europeia.
António Serrano não garantiu que o projecto seja contemplado com as verbas do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), mas lembrou que o mesmo vai ter mais do que uma oportunidade para obter os fundos da Europa. Esta possibilidade deve-se ao facto de “muitos investimentos que já estão contratados acabarem por não ser executados”. Ou seja, explica o ministro, “vamos ter sempre reserva de manobra em termos de investimentos financeiros para poder reafectar projectos com mérito”, e que numa primeira fase não conseguiram aceder ao PRODER.
Se o projecto da Cela tiver mérito, “uma boa candidatura que demonstre, de facto, qualidade face a outras”, então, se ainda não tiver sido contemplada, existem fortes possibilidades de obter fundos através da “redistribuição de verbas no âmbito da reprogramação que é feita sempre nos quadros comunitários”.
Apesar de haver uma “procura muito elevada e do Estado não ter capacidade de resposta para todos os pedidos”, o Ministro da Agricultura garante que “a regadia é muito importante para o país”, uma vez que “não se pode ter uma agricultura moderna sem água”.
O governante lembrou ainda que o “regadio público” é um empreendimento “muito caro” e “moroso”, dando como exemplo o inicio da construção, esta quarta-feira, do “último bloco” do sistema de Cova da Beira, uma obra que foi iniciada há já cinquenta anos. Em média, cada hectare de regadio custa 2500 euros ao Estado.
Associação de Regantes diz que modernização é urgente
Por parte da Associação de Regantes da Cela, Arménio Sousa Antunes lembrou que a modernização do sistema é vital para a agricultura e fruticultura local.
O presidente da associação lembra que o sistema tem já 70 anos de utilização e que as rupturas das linhas de água são cada vez maiores, tornando irregular a sua eficácia.
“Nós vamos sempre tentando resolver os problemas”, mas se a “rega não for modernizada entretanto, no futuro deixará de ser economicamente viável a sua recuperação”.
Refira-se que o PRODER tem já aprovada uma verba superior a 78 milhões de euros que serão exclusivamente utilizados na “sustentabilidade” dos Regadios Públicos existentes.
In Rádio Cister
sábado, 24 de julho de 2010
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