sexta-feira, 4 de junho de 2004

Formação

Recentemente tive acesso a um documento em que num dos capítulos era mencionado o nível de formação da população de cada um dos concelhos do Oeste. Confesso que não fiquei muito surpreendido, mas o que é certo é que os números são deveras preocupantes(dados de 2001).
Mais de metade da população do concelho de Alcobaça não tem formação superior à 4ª Classe. Claro está que o país atravessou uma fase de transição e que este número terá uma tendência óbvia para diminuir substancialmente. Em termos de formação superior, os resultados também não são nada animadores, pois apenas 7% da população do concelho tem formação a este nível. É precisamente sobre este ponto que gostaria de expor a minha opinião.
É certo que os Alcobacenses não estão atrás de nenhum outro grupo poulacional do país. Isso é bastante visível e até dou o meu exemplo em que grande parte dos meus colegas de secundário acabaram os seus cursos superiores. O problema está depois na perca destes talentos para outras regiões, normalmente cidades grandes e com grande capacidade de acolhimento deste tipo de pessoas. Posso dizer que dos meus colegas que, como eu, estudaram fora e se formaram apenas um voltou para Alcobaça. Os restantes ficaram maioritariamente por Lisboa. Isto poderá vir a ser grave para o desenvolvimento social do concelho e terá também impacto a nível económico, pois empurrará para os quadros de gestão das empresas locais pessoas sem a formação adequada e sem modelos de gestão que permitam melhorar a competitividade e funcionalidade dessas mesmas empresas.
Que mensagem pretendo eu transmitir? _ É necessário que se criem condições para a fixação de empresas que possam fornecer um nível de emprego que agrade e que atraia este tipo de jovens, que cada vez mais vão saíndo da sua terra, e que se aposte e invista na melhoria qualidade de vida das localidades. Refiro-me a investimento público e também privado.

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