Desde que tiveram início as obras de requalificação de São Martinho que a vila tem atraído, não só mais visitantes, mas também sofrido um aumento populacional e até comercial.
Embora geradoras de polémica (houve quem não gostasse de ver modificada a paisagem à qual se habituou durante anos), as obras vieram conferir a S. Martinho um salto qualitativo, principalmente para os transeuntes, através da devolução da marginal às pessoas.
As obras de saneamento nas ruas paralelas e perpendiculares à marginal e a própria despoluição da baía tiveram um custo de 7,5 milhões de euros.
Apesar do investimento ser elevado, estas obras pretenderam, segundo Eduardo Nogueira, adjunto do presidente da Câmara de Alcobaça, melhorar a imagem da baía, apostar no investimento privado (abriram mais estabelecimentos comerciais e serviços nos últimos cinco anos do que nos últimos 500), aproximar a zona do Outeiro da zona da Marginal e requalificá-la como zona histórica com potencial turístico. Foi ainda modernizado todo o sistema de saneamento doméstico e pluvial, criando-se duas redes distintas.
A Marginal quer do ponto de vista visual, quer do ponto de vista funcional, mereceram elogios por parte de entidades e da população em geral, embora as obras só estejam no seu todo concluídas em 2007, dado que foram suspensas em Julho e Agosto.
A autarquia avalia positivamente estes obras de requalificação pelo facto de terem vindo a dar entrada projectos, quer para a reconstrução de edifícios, quer para a construção de vivendas e apartamentos.
O maior problema que adveio destas obras foi a falta de estacionamento, uma vez que se perderam cerca de 200 lugares na marginal. Apesar de existir um parque de estacionamento provisório, com cerca de 300 lugares a 400 metros da praia, os turistas, visitantes e residentes em S. Martinho parecem não estar dispostos a deixar os seus carros a alguma distância.
Perante esta situação, Eduardo Nogueira garante que durante o ano a questão do trânsito e do estacionamento vão ser repensados. No entanto perguntou, ironicamente, se "os carros também são compradores de produtos". O mesmo responsável perguntou ainda se quando os turistas passeiam na marginal ou se sentam nas esplanadas é para verem a baía, ou para terem um tapume de carros à sua frente?
O autarca conclui que esta requalificação veio desenvolver a freguesia de S. Martinho, que através de uma ligação umbilical a Alfeizerão terá ainda maior importância para ambas.
In Gazeta das Caldas
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