O comerciantes do centro histórico de Alcobaça queixam-se de não terem sido ouvidos nas obras de requalificação. Queixam-se de os responsáveis da C.M.A. não ouvirem as pessoas nas suas mais importantes intervenções. O mais irónico é que eles próprios, os comerciantes, parecem também não ouvir as pessoas. Vão apontado o dedo a uns e a outros como responsáveis da crise no comércio Alcobacense e esquecem-se de ouvir os principais intervenientes, os seus próprios clientes.
Da edição da semana passada do semanário Região de Cister respiguei o seguinte, que muito lhes devia dizer:
Encerramento de lojas no Rossio aumenta
Começam a ser cada vez mais frequentes os letreiros, como o que vemos na fotografia, na zona histórica de Alcobaça. Quem por ali passa regularmente identifica com facilidade as casas que fecharam portas recentemente e as que se arrastam nessa situação, há meses ou mesmo anos.
As lojas para venda ou trespasse, naquela zona, têm vindo a aumentar nos últimos meses e o factor crise é apontado pelos comerciantes como a grande causa, mas não a única.
O comércio atravessa dificuldades de ordem diversa, mas é a descrença nas entidades competentes que reina na opinião de quem vive do comércio. Quem vende aponta o dedo sobretudo à duas instituições: à Câmara, pela recente medida do corte do trânsito em frente ao Mosteiro, que consideram afastar a clientela, o que não já não traduz novidade. E à associação de comerciantes, que grande parte considera ter uma presença “pouco activa”.
Com algumas entrevistas de rua, o REGIÃO DE CISTER pôde apurar que, na opinião de quem compra, a principal necessidade do comércio local “é a modernização”. A maioria considera que as lojas estão a ficar “ultrapassadas e mesmo antiquadas”. Apesar do sentimento de pessimismo entre comerciantes e clientes que se sente ao tentar fazer um retrato do comércio local, uma parte das lojas que vão fechando, têm dado lugar a novos investimentos, prova de que o potêncial comercial do Rossio não está de todo em descrédito.
(...)
Tão simples...
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