quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sobre a Ribeira do Vale do Mogo

Engraçado! Fala-se tanto e com tanta preocupação que a passagem da linha do T.G.V. ao lado do Vale da Ribeira do Mogo possa causar danos neste importante vale e depois ninguém fala disto... Uma gigantesca pedreira instalada mesmo sobre o vale!

2 comentários:

Unknown disse...

Caro Senhor
Como há umas décadas atrás alguém não teve a visão ambiental dos nossos dias, mas apenas a visão economicista, autorizou este aborto que nos mostra. Por conseguinte para si parece estar justificado outro aborto chamado TGV, uma vez pelos textos que já divulgou é grande amante deste meio de transporte a passar no nosso Concelho de Alcobaça .
Gostava que explicasse onde reside o seu exacerbado interesse neste meio de transporte, num país falido, em que 50 milhões de euros corrompem toda a economia , desfigurando o Orçamento Geral do Estado. Pelos vistos 9 a 10 mil milhões de euros para o TGV, não causam quaisquer dano na economia. (Somos um país cheio de contradições)
Quanto é que o Senhor irá ganhar com a passagem do TGV no Vale da Ribeira do Mogo?
Já agora e por curiosidade o Senhor não mora no sopé da Serra dos Candeeiros?
Da PUEC das Redondas, com consideração,
TIBURCIO

Alcobacense disse...

Bom dia Alberto,

Tem razão que antigamente por haver uma menor preocupação ambiental se autorizavam coisas deste tipo. No entanto não quer dizer que hoje se tenha de aceitar. Por outro lado, será que esta pedreira está legalizada? Certamente sabe que a grande maioria não está, e se houvesse um pouco de coragem política a situação seria regularizada.

O TGV é um projecto macional e europeu, não é um projecto de Alcobaça. Nestas questões não podemos olhar apenas para o nosso umbigo e há que considerar o contexto geral. O TGV é o transporte do futuro. Energeticamente mais eficaz, menos poluente e mais adaptado às necessidades futuras. É um investimento pensado para o futuro e não pode ser analisado apenas na conjuntura actual.

A verba para a construção do TGV é elevada, concordo mas tem comparticipação da UE (por ser projecto Europeu). Se o país está assim tão falido, há outras maneiras de poupar em coisas muito menos necessárias. Veja por exemplo a quantidade de pavilhões desportivos e associações festeiras construídos em todas as aldeias e que continuam com taxas de utilização reduzidíssimas. Parece pouco, não é? Mas multiplique o custo de cada uma destas infra-estruturas pelo número de aldeias do país e vai ver quantos TGVs paga... Aqui entra a falta de ordenamento, mas disso infelizmente fala-se pouco... Toca-nos a nós tb...
Isto para não falar dos muitos mais milhões do BPN e de outros casos semelhantes... É contra isso que devemos estar...

Sou a favor do TGV, sim, pelo concelho de Alcobaça talvez, por ser mesmo a opção mais viável. O trajecto ainda não está escolhido e por isso não comento. Para mim a melhor opção seria mesmo no sopé da serra onde existem muito menos habitações.

E não, não vivo no sopé da Serra dos Candeeiros. E não vou ganhar nada com a passagem do TGV seja por onde ela for... Lá está a mentalidade mesquinha que considera que por exprimir a minha opinião é porque tenho interesses... O país não funciona todo assim, felizmente! Eu também não... E garanto-lhe que se por interesse nacional tivesse de passar por cima da minha casa eu aceitaria.

Muito obrigado por exprimir a sua posição no blogue.

Cumprimentos,
Mário Bernardes
(E sim, já andei de TGV e vi as vantagens!)