Em Dezembro de 2004 quase metade da população portuguesa residia em cidades. Aproximadamente quatro milhões de indivíduos, 39% da população recenseada no país em 2001. No entanto segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, a taxa de crescimento da população (entre 1991 e 2001) para a média das cidades ficou aquém do crescimento verificado para o conjunto do território nacional, o que indicia um fenómeno de despovoamento dos centros de algumas cidades, sobretudo as de grande dimensão. Regista-se ainda que quase metade da população residente em cidades estava concentrada em 14 urbes com mais de 50 mil habitantes.
As cidades em análise apresentavam-se (em média) em 2002 como territórios com saldos fisiológicos superiores, fruto de maiores taxas de natalidade e menores taxa de mortalidade. Revelavam-se ainda (em 2001) territórios mais jovens, quer avaliados pela proporção de jovens, quer pelo índice de envelhecimento.
Também a incidência do fenómeno do desemprego na população residente em cidades era ligeiramente superior à registada no país. A maior qualificação académica, medida por uma menor taxa de analfabetismo e por uma taxa de participação no ensino superior, é outra das especificidade da população das cidades face à média nacional.
Em 2001 a taxa de analfabetismo nas quatro cidades do Oeste registavam valores percentuais diferentes em duas delas, e idênticos noutras tantas. Caldas da Rainha e Alcobaça oscilavam entre os cinco e os seis pontos percentuais de analfabetismo; Torres Vedras registou valores entre zero e cinco por cento. Peniche apresentava pior comportamento neste indicador, ao registar entre oito e dez por cento de analfabetismo.
No que respeita à formalidade das relações conjugais, as cidades de Alcobaça; Peniche e Torres Vedras registavam em 2001 uma percentagem entre 8 a 10 por cento de pessoas casadas sem registo. Neste indicador Caldas da Rainha ultrapassava os 10 pontos percentuais no número de relações conjugais mais informais.
In Oeste Diário
Sem comentários:
Enviar um comentário