Existem localidades mais ricas que outras, outras mais desenvolvidas e outras ainda mais promissoras. As razões são muitas e podem ir desde o poder autárquico, à sua localização, infra-estruturas ou serviços. Ou então simplesmente pelas tipo de pessoas que lá habitam.
Actualmente, muitos Alcobacenses e não só consideram que a Benedita se tem desenvolvido muito mais que Alcobaça. E porquê? _ Pertencem ambas ao mesmo município, com a mesma gestão(a desculpa dos sucessivos presidentes originários da Benedita não serve); têm relativamente a mesma localização; não se distinguem em termos de infra-estruturas e Alcobaça até fica a ganhar em termos de serviços. Qual a diferença então?
A resposta é muito simples. A diferença está nas pessoas, na sua maneira de pensar e no gosto pela sua terra. Os Beneditenses são muito bairristas e fazem o que podem pela Benedita. Os Alcobacenses não! Os Beneditenses quando não têm algo que necessitam criam, investem, constróem. Os Alcobacenses ficam à espera, criticam, inferiorizam-se e acusam as autoridades locais de não o fazerem.
Aqui fica um pequeno texto que ironiza e ilustra um pouco esta situação:
O Manel, Beneditense, vai a passear e tropeça numa pedra da calçada que se encontra fora do sítio devido há falta de cuidado de muitos condutores que deixam por vezes as viaturas em cima do passeio. O Manel olha para a pedra e de seguida coloca-a no sítio certo pisando-a repetidas vezes de modo a tentar fixá-la no lugar certo. No final segue o seu caminho feliz por ter cumprido o seu dever com um pequeno gesto.
O Bernardo, Alcobacense, vai também passear e tropeça numa outra pedra da calçada que saltou do sítio precisamente onde ele costuma deixar o carro em transgressão. O Bernardo olha para a pedra, dá-lhe um chuto, chama nomes aos responsáveis da CMA, diz mal da sua terra e começa a preparar o artigo que vai publicar no jornal a denunciar esta grave situação e os nomes das pessoas responsáveis. Idealiza também a criação da CCPSC, a Comissão Contra as Pedras Soltas da Calçada e projecta uma futura candidatura à presidência da CMA. Para terminar diz mal de todos os que por ali passam e espreita para ver o que a vizinha está a fazer. Segue caminho revoltado e a lamentar-se.
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