segunda-feira, 22 de novembro de 2004

Alfeizerão Quer Certificar Pão-de-ló

O pão-de-ló de Alfeizerão vai ser elevado este ano à categoria de marca certificada, garantindo a originalidade de uma receita centenária das monjas de Cister, perpetuada naquela vila de Alcobaça.

A forma de fabrico, em particular a cozedura que garante um interior liquefeito, está a ser objecto de um processo de certificação, que poderá impedir a futura venda da marca em grandes superfícies comerciais, pelo menos como agora sucede. "Nos hipermercados, não há nenhum pão-de-ló que seja mesmo de Alfeizerão como eles dizem, porque o bolo não pode ter nenhum corante ou conservante e tem um prazo de validade de apenas quatro ou cinco dias", explica Helena Monteiro de Castro, proprietária da pastelaria mais antiga da vila, que herdou a tradição das monjas de Cister.

A Casa do Pão-de-ló de Alfeizerão foi fundada em 1925 pelo antigo pároco da vila, para promover este bolo típico, que já era feito pelas famílias nos dias de festa para ser leiloado. Depois desta casa, foram fundadas outras quatro fábricas ou pastelarias de pão-de-ló que também pretendem manter o produto com as suas características originais, pelo que Helena Monteiro de Castro admite alargar o processo de certificação aos empresários da vila que mostrarem interesse.
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In "Público"

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