quarta-feira, 30 de maio de 2007

A Educação Alcobacense

Os nossos governantes locais ficaram muito indignados com as estatísticas que colocam Alcobaça na cauda de um país em crescendo nestas questões da educação e formação, prometendo medidas que deveriam ter sido implementadas no máximo há 15 anos atrás.

Após muitos anos percebeu-se que os níveis de educação em Alcobaça são baixíssimos. Os níveis de formação dos Alcobacenses estão muito abaixo da média nacional e o impacto social e económico no concelho é gigantesco. Pena é que mais uma vez se tenha percebido tarde.

Nos meus tempos de estudante nos antigos "Ciclo" e "ESA", era já degradante a quantidade de alunos que abandonavam a escola. A grande maioria mesmo passava as aulas apenas a ver o tempo passar porque o grande objectivo era sempre começar a trabalhar.
Nessa altura já se percebia o flagelo que afectava a juventude Alcobacense, mas infelizmente náda se fez.

Passaram muitos anos e esses jovens são agora os nossos profissionais, a nossa mão de obra que pela má formação acaba por ser um travão no crescimento económico de uma região que se vê cada vez mais longe da média nacional.

É óbvio que não podemos forçar níveis elevados de estudos para todos. Acabam todos por ter o seu papel na sociedade e são sempre necessárias pessoas com vários estágios de formação. No entanto não podemos manter o baixo limiar.

Alguns progressos foram feitos ao longo dos tempos, também relacionados com a própria evolução da sociedade. Progressos esses que ainda assim são insuficientes para atigir os objectivos mínimos.

Não se pode porventura culpar as escolas por este insucesso, pois em Alcobaça há grandes exemplos de grandes estudantes e actualmente grandes profissionais com carreiras brilhantes em algumas das maiores empresas nacionais e do mundo. Esse poderá ser também outro factor que contribui para a baixa escolaridade dos Alcobacenses. Quem na realidade estudou e atingiu níveis de formação superiores rumou a outras paragens fazendo o seu contributo fora de Alcobaça.
A causa é também devida à falta de emprego qualificado, assunto já discutido inúmeras vezes.

Talvez uma "pescadinha de rabo na boca": Má formação dos profissionais não atrai empresas que possibilitem a criação de emprego qualificado. A falta dessas empresas obriga quem depende desse tipo de empregos a partir rumo a outros destinos...

Aconteça o que acontecer, sejam tomadas as medidas que forem tomadas, uma certeza fica: Serão precisos ainda longos anos para colher os frutos das acções tomadas agora. Tempo muito precioso e que corre contra nós!

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