A Associação de Agricultores do Oeste (AAO) defende que os produtos tradicionais devem "aproveitar a boleia" da força que a marca "Oeste" vai adquirir através do turismo, no próximo quadro comunitário.
O presidente desta organização, Feliz Alberto Jorge, destaca o trabalho que tem vindo a ser realizado por algumas autarquias, que têm criado pequenas feiras para a "promoção e venda de produtos de reduzida produção, mas de elevadíssima qualidade, importantes do ponto de vista do crescimento económico regional". Alguns desses exemplos são a Feira Rural, em Torres Vedras, e a Feira da Batata - Mostra do Mundo Rural, na Lourinhã, certames dirigidos a "segmentos sociais de raiz urbana que, ao fim-de-semana ou em férias, pretendem usufruir de ambiente natureza e consumir produtos de qualidade do mundo rural".
Aos produtos que já são reconhecidos nos mercados interno e externo, como a Pêra Rocha do Oeste, Maçã de Alcobaça, vinhos da Região Demarcada de Óbidos, vinhos Regionais da Estremadura, bacelos do Pó, Ginja de Óbidos e Alcobaça e a Aguardente da Região Demarcada da Lourinhã, o dirigente agrícola defende a aposta noutros produtos agrícolas frescos, como as ameixas, peras, alperces, pêssegos, limões, kiwi e hortícolas.
"A elevada qualidade dos produtos agrícolas frescos da Região Oeste, uns produzidos segundo as normas da protecção e produção integrada, outros de forma biológica, oferecem enormes oportunidades de produção de produtos tradicionais transformados", afirma Feliz Alberto Jorge, defendendo que apresentados sob a forma de nichos de mercado, podem criar novas oportunidades de negócio e de ocupação profissional. Actualmente já existe algum trabalho neste sector, nomeadamente ao nível dos licores, conservas, bolos, concentrados, sumos e doces de vários produtos. Está agora em preparação a criação de rotas de restaurantes com ementa rural e redes de lojas de exposição e venda de produtos tradicionais.
Na opinião do presidente da AAO, com a proximidade dos novos apoios a região Oeste "não pode cair no exagero da tentação egocentrista, das designações concelhias (DOP ou IGP) para não cometer, como no passado recente, alguns erros nos domínios do marketing regional, em que a grande marca chapéu regional" Oeste "foi descurada".
In Gazeta das Caldas
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário