quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Onde mais poderia ser?

O nosso Carnaval num excelente post de José Alberto Vasco...

ISTO HOJE Já SE SABE, É SEGUNDA... E NESTA NOITE TODOS OS CAMINHOS DO CARNAVAL EM ALCOBAÇA VÃO DAR À SUNSET!
Já se sabe que nesta noite de segunda-feira gorda todos os caminhos do Carnaval em Alcobaça vão dar à Sunset... A ilustre discoteca continua a manter bem de pé a tradição carnavalesca alcobacense... E é claro que a festa se prolonga até à manhã de terça, bem perto da tarde... Não resistimos a aqui publicar alguns simbólicos excertos de um significativo editorial sobre esse assunto, escrito pelo Nuno Gonçalves na edição deste mês da Verniz... Espero que ele não se importe...
Reza assim parte do referido editorial: " A um km da Sunset começamos a ver as pessoas a estacionar os carros. Isto hoje já se sabe, é segunda- diz a Isabel. Vemos pessoas de todos os lados. Chegamos à rampa da Sunset. Os neons brilham- quase como se me chamassem, entra... Sinto-me num filme. Olho pelo vidro embaciado e vejo os neons a piscar Sunset. Estacionamos no parque de trás, como é habitual. O carro do meu pai lá está ao lado do carro vermelho do Paulo e do Simões. Está muito frio. Emtramos na discoteca. Sentimos o calor. Aquilo não se sabe bem o que é. A música alta, as luzes, o calor humano, os arrepios na espinha que voltam sempre que oiço aquelas músicas.
A pista é tudo aquilo. Não existem barreiras, todos dançam. Formam-se comboios de pessoas, uma, duas, três vezes, os comboios chocam e as pessoas riem-se, braços no ar, tudo a rir, tudo a rir. Encontro os meus amigos. Andamos por ali. Temos seis ou sete anos ou oito ou nove. Não sei bem precisar, é todos os anos assim. A música alta. Pulamos muito. Há música de que nós gostamos mais que outras, agarramo-nos uns aos outros e pulamos. Somos amigos e no Carnaval somos ainda mais amigos. Gosto de ir à cabine. O Caetano e o Paulo tratam-me sempre bem. Conheço aqueles discos. Para ver a pista toda ponho-me em cima de um banco. Aquela imagem nunca me há-de sair da cabeça. Sempre me fascinou aquela cabine. O microfone. Os carros que estão mal estacionados. As capas daqueles discos, conheço-as de as ver tantas vezes nas mãos deles, antes de explodirem a pista com mais uma daquelas que nos fazem arrepiar. Aponto tudo mentalmente. Conheço-as de cor. Sei que têm lá dentro. Os refrões... A música da Sunset- Pega carona nessa cauda de cometa...
...Como se de um cometa se tratasse regresso ao carro e às Águas de Março. Está mesmo no final. A cabeça mais desafogada. Quero o Carnaval. Quero ver as crianças a dançar as músicas de Carnaval. Não há corso. Talvez nada seja igual. O frio continua. Hoje chego à Sunset pela minha mão. Chego um pouco mais tarde. Este ano quero ir mais cedo. Os meus amigos também lá estão. Há ainda pessoas que já não estão lá. Mas se calhar estão sempre lá. Estão lá sempre os discos. Depois do repouso merecido. Trato-os bem. Gosto deles. Quero-os até morrer. Quero o Carnaval até que não tenha mais forças para ir. Quero sempre ir. Quero mesmo, mesmo que os meus filhos um dia sintam isto".
Está novamente a chegar a hora de arrancar... Novas e empolgantes aventuras esperam por nós em mais uma noite de Caranaval na Sunset... Onde mais poderia ser?
In Nas Faldas da Serra

Sem comentários: