sábado, 24 de janeiro de 2009

20ª Emissão do Programa "Um Olhar Sobre a Semana"

Este Domingo, entre as 12 e as 13 horas na Rádio Cister
"Um Olhar Sobre a Semana", um espaço semanal do Departamento de Informação da Rádio Cister que tem como objectivo a reflexão e o comentário sobre as notícias que marcam os nossos dias, ao nível local, regional e nacional (sem deixar o internacional de fora...). Um Olhar Sobre a Semana é um programa editado, apresentado e moderado por José Alberto Vasco, tendo como comentadores residentes José António Canha, José Costa e Sousa e Valdemar Rodrigues.

Temas da 20ª Emissão
1. - Os presidentes das federações de futebol de Portugal e de Espanha anunciaram esta semana que os dois países vão apresentar uma candidatura conjunta para a realização da fase final do Campeonato do Mundo de Futebol de 2018. Numa época em que atravessamos uma crise económica tão profunda e tão difícil de superar, será essa uma candidatura sensata e ajuizada para o nosso país? É esse o género de investimento que nos vai ajudar a ultrapassar os graves problemas com que nos defrontamos?
2. - Neste primeiro mês de um ano com eleições autárquicas em Portugal, o meio político alcobacense tem sido ultimamente agitado por rumores de que se estaria a preparar e a ganhar força uma candidatura independente para concorrer à Junta de Freguesia de Alcobaça... Será politicamente viável uma candidatura desse género dentro do actual quadro administrativo?

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Opinião Pessoal
1. - Campeonato do Mundo de Futebol de 2018
Em primeiro lugar creio que é bom não esquecer que estamos a falar de um evento para 2018 e a confundir com uma crise que se está a passar em 2009. Faltam 9 anos e mal de nós se continuarmos na mesma situação nessa altura. Depois, trata-se de uma candidatura conjunta, com investimentos repartidos e onde não vai haver necessidade de construção de quaisqer infra-estruturas desportivas. Não podemos comparar com a organização do Euro 2004 e com os erros cometidos na altura. Creio que se aprendeu alguma coisa... Também não podemos esperar e assumir que esta candidatura é feita para nos ajudar a ultrapassar quaisquer problemas económicos que possamos estar a enfrentar. A organização de um evento deste tipo é um investimento sim, mas cujos resultados não são mesuráveis em termos quantitativos. Não conseguiremos determinar que vantagens reais existiram e se houve ou não retorno do investimento.
Este tipo de eventos trazem várias vantagens, muitas de curto prazo, mas a grande maioria são de longa duração e prendem-se com a imagem, com a dimensão e destaque que o país assume no estrangeiro. Trata-se da afirmação e do mostrar ao mundo que estamos cá, que somos bons, modernos e organizados e um bom destino quer para negócios quer para turismo. Vejamos o exemplo de Espanha e do impacto que os Jogos Olímpicos e a Expo92 tiveram na credibilidade dos nossos vizinhos e na admiração que lhes foi reservada. Nunca mais foram os mesmos! Em Espanha há um grande investimento na imagem do país e é por isso que dedicam tanto a estas organizações. Preparam-se para a candidatura a mais uns Jogos Olímpicos em Madrid e mais um Campeonato do Mundo de Futebol.
E Espanha também atravessa a mesma crise que nós e talvez até com mais receios. Os indicadores económicos antevêm um momento difícil para nuestros hermanos.
Outra das vantagens que para mim é talvez a mais importante prende-se com a moralização, motivação e voltar a fazer com que os portugueses voltem a acreditar no nosso país. Este factor é indispensável para o nosso crescimento, pois com falta de confiança não se vai a lado nenhum. O orgulho com que nos enchemos aquando da Expo98 foi extremamente benéfico para o país e foi precisamente nessa altura que se registou um grande crescimento económico. A excelente organização do Euro, contra muitas das expectativas também nos fez voltar a acreditar. Em Portugal faz-se, e muito bem. Só temos de acreditar e seguir em frente!

2. - Candidatura Independente Para a Junta de Freguesia de Alcobaça
Esta é uma questão que pode ter duas interpretações. Uma, a de que há gente com vontade de mudar e melhorar as coisas, outra, a de que o meio político e em especial nas juntas de freguesia continua a ser um meio banal. Estamos a falar da Junta de Freguesia de uma cidade importante, com um monumento património mundial e onde há grandes responsabilidades. É por isso que devemos ser exigentes, de confiar o nosso destino e os nossos fundos a pessoas competentes, com formação e visão. Alguém com provas dadas e que seja realmente uma grande mais-valia.

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