sexta-feira, 9 de maio de 2008

Tradições Indígenas e Baianas Encantam Alcobaça

A cultura brasileira e africana marcaram o dia 7 de Maio no Concelho de Alcobaça.

No âmbito da geminação de Alcobaça do Brasil com Alcobaça (Portugal), o Município recebeu uma comitiva brasileira de Salvador da Bahia composta por: Laércio da Silva, Director Cultural Fundação Memorial da Epopeia do Descobrimento e representante da Prefeitura de Alcobaça do Brasil, Sandra da Silva, Wilson Rodrigues da Cruz, Professor e Presidente da Fundação Memorial da Epopeia do Descobrimento, Ana Oliveira, Coordenadora Pedagógica, os Índios Pataxó: Karkaju, Juari e a índia Cire, e ainda Lucicleide Nascimento, a baiana representante da cultura afro-brasileira.

Para dar a conhecer as duas culturas, a comitiva deslocou-se, pela manhã, às Escolas: Frei António Brandão (Benedita) e Secundária D. Inês de Castro (Alcobaça), onde para além de mostrarem um DVD ilustrativo dos usos e costumes dos Índios Pataxó, da Reserva Pataxó da Junqueira e da Aldeia da Barra, houve ainda espaço para uma demonstração da "dança do namoro", que contou com a participação dos jovens presentes, e ainda um debate para esclarecer as dúvidas suscitadas.

CURIOSIDADES PATAXÓ
Embebidos de curiosidade, os alunos da Escola Secundária D. Inês de Castro questionaram os Índios sobre a indumentária, as pinturas, o seu dia-a-dia, entre outras interrogações. Karkaju, o índio que assume um cargo de Secretário dos Assuntos Indígenas da comunidade Pataxó, respondeu a todas as questões, destacando a existência de inúmeras índios que não têm contacto com a civilização, mas relembrou que na aldeia Pataxó há um trabalho árduo na área do ensino, uma tentativa de adequar a gramática da comunidade à gramática brasileira. Porém, Karkaju afirmou que a aprendizagem da língua oficial - Patxóhã - é uma prioridade no ensino da aldeia. O Secretário explicou ainda que entre índios, existem cerca de 180 línguas diferentes e, habitualmente, para troca de rituais e experiências, são organizados eventos onde se reúnem as diferentes tribos e etnias indígenas ainda existentes.

A ORIGEM DA BAIANA
Por baixo de uma saia bastante rodada, entre muitas cores, colares e um turbante enorme, Lucicleide Nascimento, representante da cultura afro-brasileira, desmistificou o porquê do seu traje. A saia rodada é justificada com o recuo à época de escravidão, onde as criadas tinham de esconder o corpo para fugir ao assédio do patrono.

Com o auxílio da Professora Ana Oliveira, a baiana explicou que também existem costumes muito característicos no vestuário, nas cores dos colares e relembrou a tradição das fitas do Senhor do Bonfim.

BOAS-VINDAS DO EXECUTIVO
As sessões realizadas nas Escolas foram um sucesso, e de seguida a comitiva foi recebida pelo Presidente José Gonçalves Sapinho e pela vereadora da Cultura Alcina Gonçalves, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, que deram as boas vindas aos visitantes. Seguiu-se um almoço e um passeio pela região.

Esta foi uma oportunidade única de troca de experiências entre o povo português e o brasileiro, e ficou a promessa do executivo camarário de voltar ao Brasil em breve.

Em Alcobaça esteve também presente uma comitiva da Ilha de Moçambique, representada pelo Presidente do Conselho Municipal da cidade da Ilha de Moçambique e pelo vereador da Área da Educação da mesma região.

Fonte: Gabinete de Informação e Relações Públicas da C.M.A.
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