A Ministra da Educação visitou, no passado dia 28 de Março, a Barafunda, na Benedita.
A presença de Maria de Lurdes Rodrigues deveu-se ao Centro Novas Oportunidades da Associação Juvenil.
A tutelar da educação quis saber quais as dificuldades pelas quais passam os Centros Novas Oportunidades e também as sua potencialidades.
Segundo uma nota enviada às redacções, «Maria de Lurdes Rodrigues considera que os Centros novas Oportunidades (CNO) "têm trabalho para uma década", declarações efectuadas durante a visita à Barafunda AJCSS, no dia 28 de Março, onde foi recebida pela presidente da associação, Isabel Rufino, e pelos técnicos dos vários projectos desenvolvidos pela instituição da Benedita, designadamente do CNO e do "Percursos Alternativos" (Programa Escolhas), ambos apoiados pelo ministério da Educação.
Durante a visita, que durou cerca de uma hora, a ministra de Educação confessou que "poder implementar o programa Novas Oportunidades" foi um dos motivos fundamentais pelos quais aceitou o convite para o cargo. Para a Maria de Lurdes Rodrigues não é verdade que os adultos tenham "um trauma com a escola". O problema, pelo contrário, é que eles não a frequentaram: "o País desenvolveu-se com uma geração que não foi à escola", afirmou.
Portugal é um dos países com piores índices de qualificação escolar da Europa. Mais de 60% da população adulta portuguesa não possui escolarização acima do 2º ciclo do ensino básico e cerca de 3.5 milhões de activos não terminaram o ensino secundário, de entre os quais quase 500 mil jovens entre os 18 e os 24 anos (45% do total), sendo que mais de 250 mil não chegaram sequer a concluir o 9º ano. Números que, segundo Maria de Lurdes Rodrigues, conferem "vocação de serviço público" aos Centros Novas Oportunidades, que, ainda no entender da ministra, respondem a uma "necessidade calada" da população portuguesa.
O Centro Novas Oportunidades da Barafunda AJCSS certificou, até ao momento, 577 adultos com o 9º ano e 62 ao nível secundário, contabilizando actualmente 518 e 398 na fase de reconhecimento de competências, respectivamente naqueles níveis de ensino. Com forte componente de itinerância, o CNO da Barafunda AJCSS trabalha actualmente em mais de 25 locais dispersos por todo o concelho, recorrendo a parcerias informais estabelecidas com várias associações.
Respondendo a uma inquietação de Isabel Rufino no que concerne ao financiamento dos CNO no período pós QREN, Maria de Lurdes Rodrigues defendeu a necessidade de estabilidade, afirmando que as respostas a "necessidades estruturais" não podem ficar "dependentes de fundos comunitários".
No final da visita, a ministra da Educação congratulou a direcção e equipa da Barafunda AJCSS deixou em aberto a possibilidade de vir a deslocar-se uma segunda vez à associação.»
In Rádio Cister
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