Os empresários do sector da cerâmica podem evitar os despedimentos recorrendo a incentivos estatais para formação profissional dos trabalhadores, nos períodos em que não tenham encomendas, informou o Governo Civil de Leiria.
O governador civil, Paiva de Carvalho, e autarcas de alguns concelhos do distrito (Porto de Mós, Caldas da Rainha, Batalha, Nazaré e Alcobaça) reuniram-se segunda-feira com o secretário de Estado da Indústria e da Inovação, Castro Guerra, para discutir soluções de minimização da crise no sector da cerâmica.
"O Governo já tomou medidas que permitem dar algumas respostas às empresas, como a formação profissional nos períodos em que não há encomendas. Nestas alturas os empresários podem recorrer ao Instituto de Emprego e Formação Profissional, evitando os despedimentos", afirmou o chefe de gabinete do governador civil, João Paulo Pedrosa, que esteve presente no encontro.
"Relativamente à fábrica Bordalo Pinheiro (com 172 trabalhadores e sem encomendas desde Dezembro), a Secretaria de Estado está a trabalhar com empresários com vista à viabilização da empresa", adiantou.
De acordo com a mesma fonte, foram ainda alargados e aligeirados os mecanismos para a apresentação de candidaturas ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e as linhas de crédito contemplam empresas com mais de 250 trabalhadores".
Segundo o Governo Civil, as empresas de cerâmica utilitária e decorativa representam um dos subsectores com maior tradição no distrito, são um dos maiores empregadores e têm grande vocação exportadora.
A Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER) alertou no final do mês de Janeiro para o encerramento de 153 empresas no subsector da cerâmica decorativa e utilitária nos últimos cinco anos, situação que levou ao desaparecimento de três mil postos de trabalho.
In Oje
terça-feira, 3 de março de 2009
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